BRASÍLIA (Reuters) - Passados 14 anos de seu impeachment, o ex-presidente da República Fernando Collor de Mello visitou nesta sexta-feira o Senado como senador eleitor pelo PRTB de Alagoas. Acompanhado de sua nova mulher, Caroline Medeiros, de 29 anos, Collor, de 57 anos, foi cercado por jornalistas, mas evitou responder perguntas. Ele conversou com o diretor-geral da Casa, Agaciel Maia.
"Ele veio fazer um tour pelo Senado. Apresentei-lhe algumas dependências e expliquei detalhes do funcionamento", disse Agaciel.
Maia apresentou ao ex-presidente o plenário do Senado, local onde foi sacramentado seu afastamento em dezembro de 1992.
No mesmo plenário, no início dos anos 60, o pai de Collor, senador Arnon de Mello, atirou no adversário Silvestre Péricles, mas acabou acertando o suplente de senador José Kairala, que morreu no incidente.
Após a cassação, o ex-presidente ficou inelegível por oito anos e chegou a tentar uma candidatura à Presidência da República em 1994, mas não obteve registro. Ele ainda disputou a prefeitura de São Paulo em 2000 e o governo de Alagoas em 2002, mas saiu derrotado.
"Acho importante falar com vocês, mas hoje não vou falar. Falo depois", respondeu Collor aos jornalistas.
Neste ano, o ex-presidente entrou na corrida para o Senado já no final da campanha, substituindo um candidato com poucas chances de vitória no pequeno PRTB.
Em entrevista a jornalistas na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), derrotado por Collor em 1989, disse que o antigo adversário tem condições de "fazer um trabalho excepcional no Senado, se quiser".
(Por Áureo Germano)
Pergunta: como é que o filho do assassino pôde concorrer à prefeitura de São Paulo, tendo em vista que o groto é de Maceió?
2 comentários:
Uai, qual o problema? Não é necessário que o sujeito seja nativo pra ser prefeito da cidade. Sarney é maranhense e é senador pelo Amapá; o próprio Lula é nordestino mas fez sua carreira política e foi deputado por São Paulo.
Eu sei, eu sei... Mas algo dentro da minha cabeça se incomoda com isso. E só.
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