quarta-feira, 9 de maio de 2007

Nota oficial

Referente à última lambança da PM em eventos esportivos no estado de Mina Gerais.



Nota oficial sobre incidentes no Mineirão
09/05/2007 18:31 Da Assessoria de Imprensa

O Clube Atlético Mineiro divulgou no início da noite desta quarta-feira (9) uma nota oficial sobre os graves incidentes ocorridos no último domingo (6), no Mineirão, na comemoração da conquista do Campeonato Mineiro. Na ocasião, policiais militares agrediram covardemente dirigentes, ex-dirigentes e familiares no túnel de acesso ao gramado. A nota foi enviada ao comandante geral da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), ao governador do Estado, ao procurador geral do Ministério Público, ao secretário de Defesa Civil e aos presidentes do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJD/MG), Administração dos Estádios de Minas Gerais (Ademg) e Federação Mineira de Futebol (FMF).

Nota Oficial

No mundo civilizado, há muito, se reconheceu a dignidade inerente às pessoas e seus direitos iguais e inalienáveis, sob os fundamentos da liberdade, da justiça e da paz.

Em Minas Gerais, embora a missão constitucional da Polícia Militar seja o exercício da Segurança Pública, através do policiamento fardado, assegurando a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, cuidando-se de evento esportivo, como, por exemplo, uma partida de futebol, incide a Taxa de Segurança Pública, cujo valor tem por base o número de policiais e o tempo necessários à execução do serviço solicitado.

Então, não somente porque lhes é constitucionalmente assegurado, mas, também, porque o Clube Atlético Mineiro contribui sistematicamente com dinheiro para esse fim, o Galo e a sua imensa torcida são destinatários do respeito universal aos direitos e liberdades fundamentais do homem e à observância desses direitos e liberdades, notadamente por parte de quem tem o dever de preservar a incolumidade do cidadão, ou seja, a Polícia Militar.

Apesar disso tudo, bem como da necessidade permanente de promoção do progresso social e melhores condições de vida, após a última partida do Atlético, na qual ele se sagrou campeão mineiro de 2007, policiais mal ordenados e despreparados desprezaram e desrespeitaram os direitos elementares de parte da nação alvinegra.

Conforme demonstram as imagens amplamente divulgadas pela mídia, ao impedirem e agredirem fisicamente os dirigentes do Atlético e os seus convidados, inclusive mulheres e crianças, que, pacífica e autorizadamente, tanto que já haviam ultrapassado dois portões de acesso exclusivo, se dirigiam ao gramado, aqueles covardes fardados de policiais ultrajaram a consciência da valorosa corporação militar.

Não foi a primeira vez que os atleticanos sofreram a vitimização policial, mas, com certeza, o respeito do Comandante-Geral da Polícia Militar ao império da lei fará com que seja a última ocorrência desta espécie, até porque, como as evidências históricas revelam, a debilidade dos mecanismos de controle do exercício da força, quando estendida no tempo, conduz à perda gradativa da credibilidade pública e, consequentemente, dos padrões de eficácia, eficiência e efetividade nas atividades policiais.

Em conseqüência, o Clube Atlético Mineiro veementemente formaliza a sua indignação contra a selvageria perpetrada pelos maus policiais facilmente identificados pelas imagens exibidas pelas televisões de todo o mundo.

Da mesma forma, o Atlético EXIGE a imediata e adequada punição dos agressores e todos os demais culpados, inclusive daquele que eventualmente tenha proferido a absurda ordem de uso abusivo da força e inacessibilidade dos dirigentes e seus familiares ao gramado, sob pena de restar irreparavelmente manchada a razão de ser da polícia no Estado de Direito, que deve se traduzir sempre no exercício do mandato para a construção de alternativas pacíficas de obediência às leis sob consentimento social.

CLUBE ATLÉTICO MINEIRO
LUIZ OTÁVIO MOTA VALADARES
PRESIDENTE



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