Narrando o inenarrável neste mundão de meu Deus...
sábado, 1 de dezembro de 2007
Do mestre, no começo de seu tempo
"Killing myself is the last thing I would ever do." - Homer J. Simpson, no 3º episódio da 1ª temporada
O sujeito é muito sabido mesmo, puta merda...
Pelos Flancos: sobre os ombros de gigantes.
Um comentário:
Anônimo
disse...
Espertíssimo o Homer. Associando, mas nem tanto, a sua fala ao pensamento filosófico existencialista (porque o Homer é um filósofo do cotidiano): um dos grandes motes do existencialismo é atestar a LIBERDADE INCONDICIONAL do ser humano - sua superioridade aos determinismos naturais do mundo animal irracional que é regido por instinto puro! Aqui sim, não há LIBERDADE!!!
Por ser cultural (possui intelecto, pode escolher, pode se fazer em sua existência, não é precedido por uma essência), o homem encontra na cultura brechas de indeterminismo que colocam ao seu dispor um nível de LIBERDADE inexistente entre outros seres.
Mas, a LIBERDADE tem seus contrapontos: quanto mais sou livre mais responsável tenho que ser. E a RESPONSABILIDADE pelas escolhas traz ANGÚSTIA (não patológica, claro!)que é inerente a todos nós constituindo nosso agente mobilizador. A ANGÚSTIA nos mobiliza em direção ao evitamento da morte: comemos, dormimos, cuidamo-nos.
No entanto, a idéia da morte é o grande dissabor do nosso dia-a-dia, muito embora não pensemos (não queremos pensar!) nisso o tempo todo. Mas, não é raro nos surpreendermos procurando um sentido para o mundo: se somos seres vivos, se lutamos tanto para continuar vivendo, por que caminhamos para a morte? - este é o PARADOXO existencialista. Nem somos animais que não nos preocupamos com a MORTE, nem somos deuses que possamos dar um jeito nisso.
Então, O que fazemos para nos distrair da grande ANGÚSTIA que é a morte? DISTRAIMO-NOS com as pequenas coisas - a estética, o prazer, a ética... No fundo, porém, a grande náusea que habita nossas vísceras nada mais é do que o medo e a tristeza da MORTE. Cada dia que vivemos é MENOS UM DIA. Cada aniversário é MENOS UM ANO.E aí, vem aquela frase famosa: a vida é um intervalo entre dois nadas.
Voltando ao Homer e voltando ao que eu queria dizer sobre LIBERDADE e MORTE - o cerne do pensamento existencialista. Em uma coisa, eles estão certos: somos seres para a MORTE, mas, também somos seres para a LIBERDADE. A tal ponto que: se me prenderem vivo eu posso escapar MORTO. Nem que seja, como diz o Homer, a última coisa que eu venha a fazer...
Um comentário:
Espertíssimo o Homer. Associando, mas nem tanto, a sua fala ao pensamento filosófico existencialista (porque o Homer é um filósofo do cotidiano): um dos grandes motes do existencialismo é atestar a LIBERDADE INCONDICIONAL do ser humano - sua superioridade aos determinismos naturais do mundo animal irracional que é regido por instinto puro! Aqui sim, não há LIBERDADE!!!
Por ser cultural (possui intelecto, pode escolher, pode se fazer em sua existência, não é precedido por uma essência), o homem encontra na cultura brechas de indeterminismo que colocam ao seu dispor um nível de LIBERDADE inexistente entre outros seres.
Mas, a LIBERDADE tem seus contrapontos: quanto mais sou livre mais responsável tenho que ser. E a RESPONSABILIDADE pelas escolhas traz ANGÚSTIA (não patológica, claro!)que é inerente a todos nós constituindo nosso agente mobilizador. A ANGÚSTIA nos mobiliza em direção ao evitamento da morte: comemos, dormimos, cuidamo-nos.
No entanto, a idéia da morte é o grande dissabor do nosso dia-a-dia, muito embora não pensemos (não queremos pensar!) nisso o tempo todo. Mas, não é raro nos surpreendermos procurando um sentido para o mundo: se somos seres vivos, se lutamos tanto para continuar vivendo, por que caminhamos para a morte? - este é o PARADOXO existencialista. Nem somos animais que não nos preocupamos com a MORTE, nem somos deuses que possamos dar um jeito nisso.
Então, O que fazemos para nos distrair da grande ANGÚSTIA que é a morte? DISTRAIMO-NOS com as pequenas coisas - a estética, o prazer, a ética... No fundo, porém, a grande náusea que habita nossas vísceras nada mais é do que o medo e a tristeza da MORTE. Cada dia que vivemos é MENOS UM DIA. Cada aniversário é MENOS UM ANO.E aí, vem aquela frase famosa: a vida é um intervalo entre dois nadas.
Voltando ao Homer e voltando ao que eu queria dizer sobre LIBERDADE e MORTE - o cerne do pensamento existencialista. Em uma coisa, eles estão certos: somos seres para a MORTE, mas, também somos seres para a LIBERDADE. A tal ponto que: se me prenderem vivo eu posso escapar MORTO. Nem que seja, como diz o Homer, a última coisa que eu venha a fazer...
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