quinta-feira, 24 de junho de 2010

Mais um chiliquinho, né senhor Dunga?

Making a long story short: a CBF prometeu à Rede Globo que alguns jogadores dariam entrevistas exclusivas à emissora. Aí o Dunga vetou essas entrevistas exclusivas e alguns reporteres da Globo ficaram putinhos e resmungaram ao telefone durante a entrevista coletiva do treinador. Dunga percebeu o mal-estar dos jornalistas globais e o seguinte diálogo sucedeu:

Dunga: -Algum problema?
Alex Escobar: -Não, Dunga. Eu não estou nem olhando pra você.
Dunga: -Ah, bom. Pensei que tivesse algum problema.

E a partir daí o treinador ficou, durante toda a coletiva, sussurando xingamentos ao repórter: "cagão" e "merda", por exemplo.

Essa é a história, esses são os fatos. Estão espalhados aí na internê. Agora, minha opinião.

Primeiro devo comentar a gigantesca babaquice dessa emissora de querer tanta exclusividade. Essa petulância, sob anuência da CBF (leia-se Ricardo Teixeira), compromete o jornalismo como fonte de informação isenta. Porque tudo tem seu preço e, certamente, o de se conseguir entrevistas exclusivas deve ser a promoção de uma boa imagem da Confederação e de sua seleção. Um nojo isso.

Segundo, o comportamento do Dunga: pra mim, um perfeito babaca. Independentemente de qualquer coisa, não se faz (ou se fala) o que ele fez (falou) ali. Esse chilique só confirma a teoria de que o Dunga quer ser campeão unica e exclusivamente para provar a seus inimigos que eles estavam errados e ele, Dunga, estava certo. Não tem nada a ver com o fato de querer ver o Brasil campeão e aumentar ainda mais a supremacia verde e amarela no esporte bretão. O Dunga precisa de inimiguinhos, é o que o compele.

Reforço que estou criticando o Dunga como pessoa pública, não como técnico. Apesar da convocação extremamente equivocada (minha opinião), ele tem sido extremamente vitorioso no comando da seleção e isso é de se reconhecer. Agora, a pessoa pública é nota zero. Ora, para ser o técnico da seleção brasileira tem que saber conviver com críticas. Sempre foi assim e sempre será. Não sabe brincar, não desce pro play.

A vontade que dá é de torcer contra a seleção. Mas isso seria justamente entrar no joguinho infantil do babaca e alimentar a sua fome por inimiguinhos. Not gonna happen. Vou continuar torcendo pela seleção, apesar do Dunga.

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Hoje Dunga pediu desculpas publicamente pelo ocorrido na última coletiva. Meno male, mas continua sendo um grande babaca. Um Don Quixote lutando moinhos.

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Está rolando uma campanha de boicote à Globo durante o jogo da seleção amanhã. Eu acho que esse boicote DEMOROU. Já tínhamos que boicotar a Globo há MUITO tempo. É simplesmente insuportável assistir a jogos da seleção nessa emissora. Engraçado é esse movimento surgir só agora, a partir de um fricote do babaca do Dunga. Brasileiro é muito idiota mesmo. Como bem disse alguém: "A faixa-otária da população brasileira é gigante."




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Pelos Flancos: Música para seus ouvidos.

sábado, 12 de junho de 2010

Novo style

Esse blogger tá numa viadagem danada. Mas a gente respeita.



Pelos Flancos: gente de respaldo bancando a gente, foi mal.

CALA BOCA GALVÃO

Ponto MUITO a favor de ver a Copa fora do Brasil é não ter que me submeter aos boçais* narradores e comentaristas da nossa TV Tupi. Vergonha alheia demais.

Apesar de eu entender 0.0005% do que os alemães falam na TV, já deu para perceber claramente que os narradores aqui se restringem a dizer o nome do jogador que está com a bola e, às vezes, fazer um comentário sobre um lance mais animado (suponho ser coisas do tipo "meu Deus, essa foi quase!"). E não era assim que deveria ser? Afinal de contas, se o jogo está passando na TV, você já está vendo o que está acontecendo! Não precisamos escutar coisas do tipo "tentou o passe mas não conseguiu porque estava muito bem marcado por três jogadores adversários posicionados na entrada da grande área formando um linha", pelo simples fato de que estamos vendo o que está acontecendo no gramado!

Mas não... Os nossos idolatrados boçais da TV Tupi querem ainda opinar/comentar sobre o além-imagem. Querem adivinhar o que pensam/querem os jogadores e, muitas vezes, querem também contrariar o que está claro e evidente na imagem. Frases como "errou o juiz" muitas vezes são acompanhadas por repetições das imagens do lance que demonstram exatamente o contrário do que foi dito pelas bestas. Os idiotas definitivamente se acham divindades oniscientes do esporte. Vergonha alheia demais.


* no plural porque, justiça seja feita, o Galvão é só o precursor dessa lástima, vide por exemplo o caso do célebre Cléber Machado.











Pelos Flancos: o Galvão calado é um poeta.



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Off-topic


Tem um "CALA BOCA GALVÃO" nos Trending Topics do Twitter. Resposta para os gringos que perguntarem do que se trata:

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(Thanx goes to Leogevanílson)

sábado, 5 de junho de 2010

Físico: um profissional preparado para resolver problemas

Não são raras as vezes em que, ao responder à pergunta “qual é a sua profissão?”, escuto comentários do tipo “você é louco!”, ou o clássico “você deve ser muito inteligente!”. Ora, escolher a Física como profissão não é sinal de inteligência, muito menos de loucura. Loucura seria escolher uma atividade laboral que não te desse o mínimo de prazer em seu exercício. E “inteligência” não se mede pelo conhecimento em matemática ou em qualquer Ciência Exata, mas sim pela relevância dos resultados que você obtém em seu trabalho, seja ele qual for.

Inteligência e loucura à parte, escolher a profissão de cientista ainda requer uma certa dose de coragem. Pelo menos no Brasil, um país que, apesar do notável (e recente) crescimento no panorama econômico mundial, ainda investe pouco em Ciência e Tecnologia, em comparação com diversos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Além disso, ainda existe uma certa idéia engessada na cultura brasileira de que a academia é uma escolha profissional ruim, com péssimas perspectivas financeiras. Mas isso, na verdade, é uma grande falácia, oriunda de uma geração acostumada a respeitar somente um seleto e celebrado conjunto de profissões, tais como Engenharias, Direito e Medicina. E,infelizmente, alguns jovens que optam por carreiras científicas, ainda têm que lidar com a dificuldade de “convencer” seus familiares de sua opção profissional.

Mas, uma vez vencida a barreira da “coragem”, um horizonte profissional muito interessante se abre diante de você. Um horizonte bastante diverso daquele que se vê no “mercado padrão”, aquele das empresas, indústrias, escritórios e hospitais. Você se vê diante de uma gama enorme, quase infinita, de conhecimento. E, tão importante quanto a perspectiva do aprendizado, o surgimento de novos desafios: problemas não resolvidos, perguntas não respondidas e questões em aberto. Esse é o desafio do cientista: fornecer respostas para as muitas perguntas existentes e, muito mais do que isso, propor novas perguntas relevantes para a comunidade científica. A cada resposta fornecida, muitas novas perguntas surgem. Ainda bem.

Dentro desse contexto da pesquisa científica, posso falar com certa propriedade do papel do Físico. É claro que ainda tenho muito chão para percorrer, mas já posso compartilhar a experiência que adquiri nesses meus pouco mais de 10 anos de profissão.

A Física é uma ciência muito interessante, não só por sua proposta primordial de tentar entender racionalmente como funciona o universo em torno de nós, mas também por sua notável interdisciplinaridade: o físico interage com profissionais (cientistas ou não) de diversas áreas, tais como químicos, biólogos, cientistas sociais, filósofos, economistas, engenheiros e, pasmem!, administradores de empresas. Isso demonstra que a Física é muito mais que as Leis de Newton, a Mecênica Quântica ou a famigerada equação de Einstein para a energia de repouso de um corpo, E=mc2.

O segredo dessa forte interatividade está no fato de que o físico é um profissional treinado para resolver problemas. Não somente problemas como o consagrado plano inclinado da Mecânica Clássica, ou os ciclos da Termodinâmica, ou o átomo de Hidrogênio. Mas problemas em geral. O físico está preparado para encarar uma situação, i.e. um problema, de forma pragmática: qual é a situação atual? Aonde se quer chegar? Quais são as ferramentas à minha disposição? Qual a forma ótima de chegar ao objetivo proposto?

É claro que, apesar da aparente simplicidade da proposição da “equação”, um conhecimento técnico específico da área em que se localiza o problema é necessário para o cumprimento da tarefa (Quais são as ferramentas à minha disposição?). Não estou dizendo que um físico pode chegar, do nada, a uma empresa e começar a ditar algoritmos para o melhor estratagema corporativo. Longe dessa petulância! Não obstante, com algum aprendizado das ferramentas disponíveis no mercado de atuação de tal empresa, o físico é capaz de desenvolver habilidades para elaborar estratégias com destreza diferenciada. E isso tem sido reconhecido no últimos tempos, haja visto que há físicos ocupando importantes posições em diversas empresas de inúmeros ramos profissionais, desde a metalurgia até o mercado financeiro.

Cai, portanto, o mito do físico nerd que domina nada mais que equações, gráficos e conceitos abstratos. O físico é um profissional treinado para resolver problemas.




Pelos Flancos: intelegente toda vida.

And...

... we're back!!!

Morreram de saudades? SIIIIIIM!!!
Desistiram do Pelos Flancos? NÃÃÃÃÃO!!!





Pelos Flancos: de volta com tudo, inclusive com a isca certa para reconquistar nossos mais ávidos e vorazes leitores.