"O atleticano não transporta a fobia das vitórias, nem imagina que só elas sublimam o Atlético, muito menos fazem dele palco para projeção pessoal. Sabe que o Atlético não vive de intrigas, mas de bravura esportiva."
"O atleticano nunca maldiz a dor das derrotas, porque vive a sublime esperança e a crença inapartável de que tudo se curará, sabendo que o martírio da tristeza é sempre a véspera da alegria."
"O atleticano não tem necessidade neurótica de prestígio, nem se submete à tirania incontrolável da vitória, porque sabe que a vida desportiva se faz de vitórias e de derrotas."
"A crítica não o derrota, não o golpeia, porque percebe que a trajetória desportiva não habita apenas na calmaria da vitória."
"O atleticano sabe que o Galo anima, congrega, frustra, emociona, decepciona, como também sabe que ele jamais se entrega ao cárcere da rotina, renovado continuamente em razão do seu mavioso destino."
"Na vida do Atlético, a lógica se cala e dá lugar ao discurso da emoção; a racionalidade perde o fôlego e dá lugar ao brado da emoção, daí ocorrer permanentemente a superação das dificuldades, abrindo largo espaço para a emoção indomável."
"A prece diária do atleticano, murmurada em êxtase, agradece a Deus pela existência do Atlético e arremata: 'só quero viver para te amar!' "
"(...) outros ignoram a história maiúscula do Atlético, que nasceu para engrandecer Minas; alguns não lhe toleram a grandeza, que os incomoda e machuca, cegados pela inveja."
"Cem anos de existência, sempre rompeu os parâmetros da lógica e fugiu do parêntese do comum, porque nasceu predestinado."
Escrito por Lúcio Urbano Silva Martins, impresso pelo jornal Estado de Minas e datilografado por Aristides.
Pelos Flancos: a verdade dói se você é um fraco.
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