quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Redes sociais: o melhor termômetro para medir a imbecilidade dessa gente

Oi, me add no Face. Vou xingar muito no Twitter. Nossa, tá linda nessa foto amiga!

É, minha gente... Estamos atolados na merda. E aparentemente sem perspectivas de melhora. O advento das redes sociais trouxe à tona (e quiçá até amplificou) uma dura realidade: há uma legião de imbecis populando a superfície deste planeta. Uma imbecilidade astronômica. Triste, triste realidade, amigos.

Eu fico pasmo com o que vejo quando estou ligado no mundo virtual. As pessoas não sabem escrever, não sabem pensar, não sabem se comportar. Não entendem como a internet funciona e como ela pode mudar suas vidas para melhor. Simplesmente não vêem como as ferramentas que lhes são entregues, todas bem mastigadinhas, podem lhes ajudar a melhorar suas relações sociais e/ou aumentar sua auto-estima de uma forma benígna.

Falemos especificamente de Twitter e Facebook. O primeiro, o "microblog" (nossa, eu a.d.o.r.o. essa definição) que te desafia a postar uma mensagem de, no máximo, 140 caracteres. "Poxa, que difícil!", dizem os intelectualoides. Como me expressar com apenas 140 caracteres? Ah, sim... Como se não houvessem outros meios para se expressar na internet. Você acha que em 140 caracteres não cabem seus pensamentos másculos e interessantes? Então escreva um livro, cretino!

Mas o pior não são esses intelectualoides de merda que não conseguem colocar seus augustos pensamentos em apenas 140 caracteres. O pior são os que conseguem, com uma destreza medonha, expressar-se sob tal formato. Conseguem, mas não porque são "escritores" sucintos, e sim porque são retardados, completos imbecis. "dia oriveu", "ai q odio", "mestruei". Pois é, antes essas pessoas não tivessem acesso a tal tipo de ferramenta.

E o Facebook? Meu deus... Gente, o que é o Facebook? É uma ferramenta que permite conectar-se a outras pessoas, através de uma relação de "amizade", possibilitando interagir de várias formas: publicando em um mural, postando fotos, comentando publicações num mural, comentando fotos, gostando disso, daquilo, etc. É isso, uma forma de manifestar publicamente (dentro do espaço dos seus "amigos") suas ideias, seus feitos, suas opiniões. Lindo, né?

Mas não, os imbecis estão aí pra promover a babaquice generalizada. Exemplo: a garota escreve na sua timeline "ai, que raiva! hoje eu não estou podendo!" (aqui eu melhorei o Português para garantir o padrão pelosflancoense de qualidade ortográfica e gramatical). Aí o bacana, provavelmente a fim de um algo a mais com a paquita, comenta: "o que foi, linda?". Ao que a danadinha imediatamente responde: "nada! prefiro não falar sobre isso!". A "melhor amiga" insiste: "ô, minha flor... que foi?". Ao que a gansa rouca no cio responde: "GENTE, ME DEIXA EM PAZ, NÃO QUERO FALAR SOBRE ISSO.".

Ah, sim. Entendi. Ela postou publicamente uma mensagem enigmática e angustiante no seu mural, mas não quer falar sobre isso com ninguém. Sim, claro, lógico. Faz todo sentido. Até porque a coitada que só quer preservar a sua privacidade e deseja unicamente que ninguém se intrometa na sua vida pessoal e pare de importuná-la perguntando sobre seus problemas pessoais, tem nada menos do que 894 "amigos" no Facebook.

Voltemos brevemente ao mundo real, antes de concluir este excelente artigo. Responda mentalmente de forma sincera à seguinte pergunta: dentre todas as pessoas que você já conheceu em toda a sua vida, com quantas você seria capaz de ter uma conversa normal hoje, sobre assuntos quaisquer, durante não menos que 30 minutos? Não chega a 100, não é mesmo? Pois é. E a retardada, aquela garota do exemplo do parágrafo anterior, que não pensa sequer meia vez antes de aceitar uma solicitação de "amizade" no Facebook, vive reclamando do tanto de idiota que não a deixa em paz, que só vive perturbando sua pacata vida virtual na internet.

Espere aí que eu ainda não acabei. Porque eu não vou deixar impunes os militantes do Facebook. Pois é, tem um monte de gente transformando o mundo com a bunda sentada na cadeira. É a turma que leva a coisa a sério e não se cansa de propagar campanhas que visam mudar o nosso país e, por que não?, o mundo. Sim, eles já conseguiram muitas coisas: acabar com a pedofilia, com a corrupção, aumentar os salários dos professores, aumentar o número e o valor das bolsas de pós-graduação... Já salvaram libanesas de apedrejamento, já derrubaram ditadores, já salvaram milhares de cãezinhos de rua!

Minha paciência está cabendo num disquete. Atualmente, eu já fico feliz se vagabundo consegue pelo menos escrever sem trucidar a gramática e a ortografia.





Pelos Flancos: porque cara de pato é de doer a vista.

2 comentários:

KGB disse...

Redes sociais são como a TV, com pequena diferença: a 1ª pode ser ativo/passiva; a 2ª, via de regra, passiva. Ambas têm pontos comuns: o uso da liberdade de escolha. Se queremos assistir/ler/participar, o procedimento é singelo: conectar, desconectar. Ver/ler, não ver/ler. Ou, tão só, selecionar (acolher) ou não. Por quê?

Ao meu ver, é muito trabalhoso acompanhar temas, postagens, programas que não apreciamos para depois, através das mentes brilhantes as quais - pouco modestos - julgamos deter, despender nosso talvez precioso tempo para ofender as escolhas dos outros. Para isso, chegamos a utilizar conceitos (já abolidos) da Psiquiatria Clássica - a tríade: imbecilidade, idiotia e cretinice que foram substituídos através dos estudos modernos por Oligofrenia. Não nos furtamos à audácia de acrescentar o verbete "retardado", quiçá, mais ofensivo e estigmatizante.

Dá trabalho ler posts para criticá-los em um blog. Mais simples seria não ler, deletar, desconectar, desligar a tomada da TV e procurar algo mais proveitoso: ler um livro, por exemplo.

Para as redes sociais e para a TV (pelo menos por enquanto), todos sabemos que a tendência é o recrudescimento. Não tem volta. Agora, o modo de cada um usar é escolha pessoal. Que deve ser respeitada. Ou selecionada e/ou não observada. Também um direito de escolha.

Aristides disse...

Espremendo o suco de tão bem escrito, porém prolixo comentário, eu entendi que você quis dizer que: se eu me considero tão superior e, tendo em vista o tanto que me irritam esses comportamentos na internet, por que eu não os evito e vou fazer algo mais útil como ler um livro? Certo?

Calma, calma... Deixa eu conseguir meu primeiro bilhão de coroas suecas (ando trabalhando duro nisso) que eu vou comprar uma ilha, encher de excelentes bebidas alcoólicas e convidar só pessoas legais para minhas festas particulares. Quando do meu segundo bilhão de coroas suecas, eu vou criar a minha própria internet e somente permitirei seu uso por pessoas com comprovado baixo nível de imbecilidade. Já tô quase lá.