Zombou de mim, o tempo
Mas agora parei
de encarar o relógio
E larguei as rédeas
dos ponteiros teimosos
E se o tempo passa
não é mais problema meu
Ainda é madrugada
mas já não faz mais aquele frio ardido
que antes castigava
e punia
por pecados não cometidos
Um suspiro
e fiquei mais leve
Quase posso voar
E mal posso esperar
pelo que me cabe
dessa sorte esquisita
que acomete sorrateira
Proíbe caminhos pensados
e permite o trânsito impensado
Hoje acabou o velório
Enterrei o morto
Parei de chorar

2 comentários:
meldels.
Diferentemente de Deus, você escreve certo por linhas retas!
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