terça-feira, 27 de maio de 2008

21g

Tentei pará-lo, tentei voltá-lo
Zombou de mim, o tempo

Mas agora parei
de encarar o relógio
E larguei as rédeas
dos ponteiros teimosos

E se o tempo passa
não é mais problema meu

Ainda é madrugada
mas já não faz mais aquele frio ardido
que antes castigava
e punia
por pecados não cometidos

Um suspiro
e fiquei mais leve
Quase posso voar

E mal posso esperar
pelo que me cabe
dessa sorte esquisita
que acomete sorrateira

Proíbe caminhos pensados
e permite o trânsito impensado

Hoje acabou o velório
Enterrei o morto
Parei de chorar




Pelos Flancos: o importante é saber aonde se vai.

2 comentários:

Anônimo disse...

meldels.

KGB disse...

Diferentemente de Deus, você escreve certo por linhas retas!