Olha que coisa mais estúpida! Aliás, para dizer a verdade, isso é bem típico de Brasil mesmo. Ao invés de estabelecer uma política que faça com que os livros custem mais barato, seja por incentivo fiscal ou seja por subsídio direto, eles vão dividir e vender livros em partes, o que é no mínimo um insulto ao autor que concebeu a obra.
Estudantes podem diminuir gastos com livros acadêmicos com compra fracionada
Por: Equipe InfoMoney 31/08/07 - 12h33 InfoMoney
SÃO PAULO - Para diminuir o gasto dos estudantes com a compra de livros acadêmicos e, conseqüentemente, inibir o mercado de cópias piratas, a Associação Brasileira de Direitos Reprográficos (ABDR) está lançando uma ferramenta na internet chamada Pasta do Professor, que disponibiliza a aquisição fracionada das obras.
"Hoje em dia muitos estudantes reclamam de adquirir um livro inteiro e usar apenas uma parte pequena dele nas aulas. Como os professores indicam a leitura de apenas um ou dois capítulos de cada obra, os alunos acabam xerocando o livro, o que é proibido por lei", explica o diretor do projeto na ABDR, Bruno De Carli.
Apesar de haver variação no preço - em razão da editora e do ponto de venda - cada capítulo custa por volta de R$ 2 a R$ 3. O preço inclui o valor do conteúdo (destinado a direitos autorais, por exemplo) e o da impressão.
Como funciona
O site funciona da mesma forma que as tradicionais pastas dos professores que ficam nas copiadoras das universidades. "A página tem disponível toda a bibliografia pedida pelo professor aos alunos. Assim eles poderão comprar apenas o conteúdo necessário, sem precisar adquirir o livro todo. É como a venda fragmentada de remédios: você compra apenas o que precisa e não gasta dinheiro com comprimidos que nem vai tomar", exemplifica De Carli.
Assim, ao entrar no site, o aluno pode pesquisar a pasta do seu professor, solicitar quais impressões necessita e retirar no ponto de venda escolhido, que pode ser dentro de sua universidade, em livrarias físicas ou virtuais.
"O preço varia porque um mesmo livro pode ser oferecido por diferentes editoras e diferentes copiadoras, que são previamente cadastradas pela ABDR. Portanto, o mesmo capítulo pode sair por preços diferentes. Isso na minha opinião é bom, pois estimula uma concorrência que pode ser boa tanto para as empresas, quanto para os consumidores", garante.
O diretor cita um exemplo: "Supondo que vamos comprar o capítulo 12 (20 páginas) do livro "Magnetismo". Na editora "A" o valor do conteúdo é R$ 0,90 e o serviço de impressão é R$ 2,20, totalizando R$ 3,10. Já a editora "B" cobra pelo mesmo capítulo R$ 0,90 pelo conteúdo e R$ 2 pela impressão, ou seja, R$ 2,90".
Cópias ilegais
Para evitar cópias ilegais, o material é entregue ao estudante com uma marca d´água com o nome do aluno e os números iniciais do seu CPF. Além disso, o universitário não pode visualizar o que está comprando.
"Em nenhum momento o material é oferecido para ele em PDF, ou é disponibilizado para leitura no computador. Isso facilitaria a proliferação do arquivo, por e-mail ou impressões ilegais", garante o diretor.
De Carli contextualiza sua decisão afirmando que no Brasil é muito difícil liberar o xerox de apenas uma parte do livro. "Se a lei autoriza a cópia de 10% da obra, por exemplo, as pessoas dão um jeito de burlar, ou vão copiando de 10 em 10 até chegarem a 100%".
Acervo
Para conseguir oferecer grande parte dos livros acadêmicos utilizados no Brasil, a ABDR fechou um acordo com os oito maiores grupos editoriais acadêmicos do Brasil, que respondem por 14 selos, entre eles: Atlas, Campus, Forence, LTC e Saraiva.
O programa já está funcionando em três universidades do País - Faculdade Sumaré, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP (FEA) e na Faculdade de Direito de Vitória -, mas deve aumentar.
"Estamos em contato com diversas universidades brasileiras e muitas mostram interesse em aderir ao programa, que é único no mundo. Países como Estados Unidos e Canadá até nos parabenizaram pela iniciativa e pela capacidade de reunir tantas editoras concorrentes em um mesmo projeto", afirma De Carli.
Pelos Flancos: e o salário, ó!
Um comentário:
e' muito cretino reunido num so' pais...
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