Após vários e-mails dos ávidos leitores deste blog inóbvio*, pedindo mais textos fantásticos como só eu consigo escrever, voltei para sacudir a poeira com este post superjóia.
*nota: este é o segundo post deste blog cujos únicos leitores são minha namorada e o Leôncio; nem minha mãe se deu ao trabalho.
"Sabe o que andam dizendo por aí?", "Me disseram que fulana ficou com ciclano...". É deveras impressionante o poder de difusão da informação que "eles" têm. Sempre estão "dizendo por aí seja-lá-o-que-for", só pelo prazer de espalhar “a notícia”. Notícias essas que, muitas vezes, nem são tão interessantes assim.
Mas afinal de contas, quem são esses seres oniscientes e onipresentes, esses semi-deuses que sabem de tudo e estão sempre espalhando a notícia "por aí"? Nunca saberemos. Eles são, simplesmente, “eles”. Como vozes que ecoam de um auto-falante que discursa para as mentes das pessoas. Quase uma voz da consciência. Terceira pessoa (singular ou plural), sujeito indeterminado, essas entidades um tanto sobrenaturais jamais serão vistas por seres ordinários como nós. Ficamos sabendo das coisas que “dizem”, mas nunca veremos um rosto.
Boatos ou verdades, fato é que “eles” possuem um acervo de informações enorme, e uma capacidade de divulgá-las não menos impressionante. E estamos absolutamente à mercê “deles”. Pois não há nada que possamos fazer quando “estão dizendo coisas sobre nós”. “Me falaram, não sei se é verdade. Mas por via das dúvidas...”.
Vou te dizer uma coisa: é melhor que “eles” realmente nunca apareçam na minha frente porque, se eu colocar minhas mãos em um “deles”, este sofrerá uma morte lenta e dolorosa. Não terei piedade. E então vão dizer por aí: “Você ficou sabendo o que fizeram com ele?”...
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