domingo, 7 de novembro de 2010
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
O despertar da consciência
A teoria da evolução das espécies afirma que o homem é o resultado de um complexo processo de mutação e seleção natural. Seres muito simples sofreram transformações um tanto aleatórias com o passar do tempo e aquelas novas espécies cujas mudanças as colocaram em melhores condições de adaptação, sobreviveram. Dessa forma, organismos mais complexos foram progressivamente sendo formados e o resultado é o que se vê hoje: uma infinidade de espécies distribuídas entre os diversos reinos dos seres vivos.
Dentre todas as espécies, obviamente a que mais atrai a nossa atenção é a nossa própria: o Homem. E talvez o aspecto mais notável de toda a complexidade do organismo humano seja algo que transcende a própria biologia: a consciência. Esta fascinante manifestação existencial é essencialmente a origem de todos os questionamentos inerentes à nossa própria existência: quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? Ou seja, é a partir de um reconhecimento de si mesmo como ser pensante que surgem todas as questões existenciais, aquelas extensivamente discutidas por inúmeros filósofos e pensadores do passado e do presente.
“Consciência” chega a ser um termo de difícil definição. O conceito envolve correlações entre, por exemplo, memória, ações, reações e previsões. A própria noção de tempo e espaço depende de um referencial que, meio sem querer, sempre colocamos sobre o “eu”. “Consciência é o conjunto dos atos relacionados ao pensamento”, dirão os mais afobados. Mas uma definição assim tão simplista não é nem um pouco definitiva ou satisfatória.
A consciência é algo um tanto peculiar, inerente ao “eu”. Você (acha que) entende a sua consciência pois é capaz de lembrar fatos da sua história, fazer previsões acerca do porvir, tomar decisões e ter sentimentos (estes, claro, manifestações biológicas porém intrinsecamente relacionados com a sua consciência). Não obstante é virtualmente impossível detectar e analisar o outro! Ou seja, uma pessoa (ou melhor, sua consciência) jamais saberá exatamente o que sente/pensa/vê uma outra pessoa (uma outra consciência). Dessa forma, as relações humanas se resumem essencialmente ao processamento do conjunto das reações dos demais indivíduos à volta. A vivência em sociedade, característica marcante da raça humana, somente é possível com base na suposição tácita de que todos os indivíduos ao seu redor possuem um “estado de consciência” similar ao seu.
Com isso eu quero dizer que assumimos tacitamente que o seu vizinho tem o mesmo entendimento que você tem em relação a sensações como frio, calor, dor, alegria, vermelho (i.e. a sensação de ver algo de cor vermelha). “Mas isso é óbvio!“, dirão os mais exaltados, ao que respondo com veemência: isso não é nem um pouco óbvio!
Mas pelo menos até os dias de hoje tudo indica que essa suposição é correta, mesmo sendo impossível a obtenção de uma prova irrefutável de tal ideia (um tanto quanto axiomática). E assim vamos vivendo nossas vidas, tentando entender conscientemente o Universo à nossa volta. E pior, tentando encontrar a solução para um complicadíssimo paradoxo: poderá a consciência entender a si mesma de forma plena?
Pelos Flancos: que viagem mucho loca!
Dentre todas as espécies, obviamente a que mais atrai a nossa atenção é a nossa própria: o Homem. E talvez o aspecto mais notável de toda a complexidade do organismo humano seja algo que transcende a própria biologia: a consciência. Esta fascinante manifestação existencial é essencialmente a origem de todos os questionamentos inerentes à nossa própria existência: quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? Ou seja, é a partir de um reconhecimento de si mesmo como ser pensante que surgem todas as questões existenciais, aquelas extensivamente discutidas por inúmeros filósofos e pensadores do passado e do presente.
“Consciência” chega a ser um termo de difícil definição. O conceito envolve correlações entre, por exemplo, memória, ações, reações e previsões. A própria noção de tempo e espaço depende de um referencial que, meio sem querer, sempre colocamos sobre o “eu”. “Consciência é o conjunto dos atos relacionados ao pensamento”, dirão os mais afobados. Mas uma definição assim tão simplista não é nem um pouco definitiva ou satisfatória.
A consciência é algo um tanto peculiar, inerente ao “eu”. Você (acha que) entende a sua consciência pois é capaz de lembrar fatos da sua história, fazer previsões acerca do porvir, tomar decisões e ter sentimentos (estes, claro, manifestações biológicas porém intrinsecamente relacionados com a sua consciência). Não obstante é virtualmente impossível detectar e analisar o outro! Ou seja, uma pessoa (ou melhor, sua consciência) jamais saberá exatamente o que sente/pensa/vê uma outra pessoa (uma outra consciência). Dessa forma, as relações humanas se resumem essencialmente ao processamento do conjunto das reações dos demais indivíduos à volta. A vivência em sociedade, característica marcante da raça humana, somente é possível com base na suposição tácita de que todos os indivíduos ao seu redor possuem um “estado de consciência” similar ao seu.
Com isso eu quero dizer que assumimos tacitamente que o seu vizinho tem o mesmo entendimento que você tem em relação a sensações como frio, calor, dor, alegria, vermelho (i.e. a sensação de ver algo de cor vermelha). “Mas isso é óbvio!“, dirão os mais exaltados, ao que respondo com veemência: isso não é nem um pouco óbvio!
Mas pelo menos até os dias de hoje tudo indica que essa suposição é correta, mesmo sendo impossível a obtenção de uma prova irrefutável de tal ideia (um tanto quanto axiomática). E assim vamos vivendo nossas vidas, tentando entender conscientemente o Universo à nossa volta. E pior, tentando encontrar a solução para um complicadíssimo paradoxo: poderá a consciência entender a si mesma de forma plena?
Pelos Flancos: que viagem mucho loca!
Assinar:
Postagens (Atom)