Todo mundo em algum momento da vida já teve que assistir a pelo menos um seminário. Muitos já tiveram que apresentar um. Ou vários. Aqueles que, assim como eu, escolheram a carreira acadêmica, participam de apresentações orais frequentemente e, algumas vezes por ano, precisam também apresentar suas palestras, seja como requisito obrigatório de algum cronograma de trabalho ou estudo, seja para divulgar sua produção científica. Faz parte do nosso dia-a-dia e não podemos fugir disso.
E comigo não é diferente. No grupo onde trabalho há seminários semanais. No instituto que hospeda meu grupo, há vários mais. Ou seja, eu acabo participando de algo que gira em torno de 2 seminários por semana, pelo menos. O que é bom, em princípio, pois isso acaba agregando uma certa "cultura geral" dentro da minha profissão.
Porém, como a maioria de vocês deve bem saber, há seminários e seminários. Há aqueles dos quais você sai uma pessoa melhor do que a que entrou no auditório. E há aqueles dos quais você sai carregando uma mala sem alça completamente cheia de arrependimento.
Com base em observações nessa minha pouco mais de uma década de profissão, decidi fazer uma compilação do que eu chamo de "regras de boa conduta" para seminários. Como minha área acadêmica é a Física, já adianto que as dicas aqui serão "tendenciosas" para esse lado, mas acredito que a maioria vai acabar valendo para outras áreas também.
Vale ressaltar também que o conteúdo a seguir não consiste em regras universais, mas sim o que eu acho que constitui um bom conjunto de normas de boa conduta. Ou seja, fique à vontade para discordar. Ou concordar.
Então vamos lá.
Conteúdo
A escolha do tema do seminário é de óbvia importância e deve ser feita primordialmente com base no perfil do público-alvo. Pesar bem o grau de profundidade e o nível técnico da palestra é fundamental para garantir a atenção e o interesse da audiência. Evite entrar em detalhes muito técnicos se o público é mais leigo; da mesma forma, evite explorar conceitos muito básicos se a audiência já tem algum background do assunto.
Eu sei que isso parece bastante óbvio mas, acreditem, há muitos palestrantes por aí que não preparam seu seminário tendo em conta o perfil da audiência. E o resultado geralmente é desastroso.
Tempo
Um bom seminário dura entre 35 e 45 minutos. 50 minutos é o limite máximo e, mais do que isso, a apresentação certamente ficará cansativa para o público. Se você não consegue transmitir sua ideia em menos de 50 minutos, então há algo errado: ou você não é conciso o suficiente ou você dimensionou mal o conteúdo a ser apresentado.
Slides
Tenha sempre em conta um número razoável de slides. Eu recomendo algo entre 20 e 25, para que haja tempo suficiente para explorar cada um deles sem exceder o tempo ideal da apresentação. Evite textos longos, a menos que haja alguma citação verdadeiramente essencial e, neste caso, faça sua leitura em voz alta durante a apresentação.
Prefira estruturar seus slides em formas de tópicos curtos, com gráficos, diagramas e figuras em geral. E lembre-se sempre de que tudo tem que estar bem legível: veja se seus gráficos estão bem formatados, com os labels dos eixos, numeração da escala, curvas, pontos, etc. bem visíveis.
Outro ponto importante (esse vai pra turma das exatas): evite mostrar passos mais técnicos de cálculos ou algoritmos computacionais, a menos que esse seja mesmo o objetivo do seu seminário. Ninguém quer, durante seu seminário, entender cada passo fundamental daquela conta que você gastou meses para fazer. Passe a ideia geral e discuta detalhes posteriormente, em particular, com eventuais interessados.
Animações tipo Power Point, com barulhinhos e texto aparencendo letra por letra, demorando 3 minutos para concluir uma frase inteira? Nunca! Já estruturas de tópicos em que aparece um item por vez estão ok. Equações que vão evoluindo, aparecendo termo por termo também estão permitidas. Mas sem abusar, porque cansa.
Postura
Mais uma vez correndo o risco de parecer óbvio, digo: apresente sua palestra de frente para o público. Acreditem: ainda tem muito marmanjo por aí que apresenta seminário olhando para a projeção, de costas para a audiência.
É importante também medir o seu tom de voz. Falar muito baixo é pior que cantar canções de ninar e o resultado vai ser um completo desinteresse da audiência. Entre um slide e outro, eleve um pouco o tom de voz, retornando em seguida ao nível normal; essa modulação ajuda a tirar a monotonia da apresentação.
Audiência
As regras acima aplicam-se para palestrantes. Mas a audiência também precisa seguir certas regras de conduta para que a apresentação siga de forma suave e contínua. A mais importante neste caso é: somente interrompa o palestrante com alguma pergunta se julgar o esclarecimento essencial para o entendimento do restante da apresentação. Caso contrário, isto é, se for uma pergunta marginal ou sobre algum detalhe específico cuja obscuridade não vá comprometer o bom entendimento do conteúdo, guarde a pergunta para o final ou para discutir em particular com o palestrante.
Friso: lembre-se sempre que uma pergunta feita publicamente deve ser ou indispensável ou de interesse geral da audiência. Ou os dois. Caso contrário, anote sua dúvida ou comentário e pergunte ao final. Interrupções desnecessárias atrapalham a linha de raciocínio do palestrante e incomodam o restante da audiência que não quer saber sobre aquilo.
Acho que por enquanto isso é tudo. Mas pode ser que eu ainda tenha me esquecido de alguma coisa e, neste caso, este post poderá ser atualizado.
Pelos Flancos: pode parecer que somos um bando de caga-regras, mas estamos fazendo isso para o seu bem. Você vai nos agradecer quando crescer, acredite.
Pelos Flancos
Narrando o inenarrável neste mundão de meu Deus...
sábado, 21 de janeiro de 2012
terça-feira, 8 de novembro de 2011
A.D.O.R.O. SPAM
Aristides,
Antes de mais nada, deixe que eu me apresente. Meu nome é Helena Soares e dirijo uma equipe
100% dedicada a pessoas muito especiais: os assinantes de CARAS.
Esse trabalho gratificante fez com que nos acostumássemos a identificar pessoas de bom gosto, que não abrem mão das coisas mais bonitas da vida.
Descobrimos que alguém importante ainda não está neste mundo: você. Por isso, minha equipe e eu resolvemos lhe fazer um convite único e irresistível para ser assinante da revista.
Estamos todos torcendo para ver você entrando
no mundo de CARAS pela porta da frente para conviver com a revista toda
semana. Receba, desde já, as nossas boas vindas!
Um abraço,
Helena
Helena Soares
Gerente de Circulação
www.assineabril.com.br/caras
+ 55 11 3347-2193
0800 775 2193
Pelos Flancos: uma imagem vale mais do que mil palavras.
Antes de mais nada, deixe que eu me apresente. Meu nome é Helena Soares e dirijo uma equipe
100% dedicada a pessoas muito especiais: os assinantes de CARAS.
Esse trabalho gratificante fez com que nos acostumássemos a identificar pessoas de bom gosto, que não abrem mão das coisas mais bonitas da vida.
Descobrimos que alguém importante ainda não está neste mundo: você. Por isso, minha equipe e eu resolvemos lhe fazer um convite único e irresistível para ser assinante da revista.
Para começar, você vai ganhar
um presente para acompanhar o seu estilo no verão: a toalha
exclusiva do mundo de CARAS. Além desse presente, aproveite um desconto de 41% para assinar CARAS agora por 1 ou 2 anos, uma economia à altura de uma celebridade. Esta oferta também é válida caso queira presentear também uma pessoa especial. Para poder aproveitar esta promoção, você pode clicar no link www.assineabril.com.br/ 3347-2193. |
Um abraço,
Helena
Helena Soares
Gerente de Circulação
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Pelos Flancos: uma imagem vale mais do que mil palavras.
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Etiqueta virtual
Oi, gente! Tudo bem? Hoje vamos falar de um assunto suuuuuper importante para aquelas pessoas que usam a internet, em particular e-mails (versões eletrônicas das cartas). O tema é importante porque a gente sabe que estilo é tudo em se tratando de textos eletrônicos, não é mesmo? Então aqui vai uma série de dicas mega legais para que os seus e-mails se tornem mais chamativos e interessantes para os leitores!
Uma boa mensagem de e-mail deve conter:
- Fontes coloridas. Quanto mais cores (e mais chamativas), melhor.
- Fontes em itálico e negrito. Sublinhados são opcionais recomendados.
- Palavras que reforcem o quanto a mensagem é boa (e.g. "Essa é ótima, kkk!!!", "Leiam esta!!!!", "Boooooaaaaaa, rsrsrs").
- Gifs animados fofinhos.
- Textos, canções e fotos em arquivos PPS/PPT anexados. Por que escrever o texto no corpo do e-mail se a gente pode anexá-lo de forma bela e elegante em uma apresentação do Power Point, não é mesmo?
- Pedidos para que a mensagem seja repassada, preferencialmente com ameaças de morte àqueles que se recusarem. Porque não custa nada repassar!
- "Fwd: Enc: EN: FWD: fwd: Fwd:" no título. Isso já chama previamente a atenção do leitor para o título e, portanto, para o seu e-mail.
- CAPS LOCK NO TÍTULO, GENTE! IMPORTANTÍSSIMO!!!!
- Assinatura de algum anti-vírus no final, garantindo o bom estado de saúde da mensagem.
- Texto padrão no final: "Esta mensagem é privada e confidencial e somente deve ser lida pelos destinatários originais...". Isso te dá a certeza de que esse e-mail não será lido por pessoas indesejadas.
- Versão em inglês do item anterior para evitar que pessoas indesejadas que não saibam Português leiam o e-mail.
- Todos os dados pessoais e profissionais do remetente original (telefone, endereço, e-mail (sim, esta informação é essencial), nome da esposa/marido, CPF, RG, data e local de nascimento, time de futebol, etc.). Para que o leitor saiba que você é você mesmo, não um remetente fraudulento.
Vamos ficando por aqui, amigos. Nós da equipe pelosflancoense esperamos que vocês tenham gostado deste post e fazemos votos para que seus e-mails sejam muito apreciados por seus amigos, familiares e colegas de trabalho. Um grande beijo no coração! Tchau!
Pelos Flancos: oi, estou te ligando para saber se você recebeu o e-mail que eu acabei de te mandar.
************** NEW !!! **************
Due to great international success of this worldwide known blog, we provide the first translation of a post to English! Enjoy moderately!
Virtual Etiquette
Hi guys! How are you doing? You hope you are doing great! Let's talk about something suuuuuper important for those people who use the Internet, particularly e-mails (electronic versions of letters). The issue is important because we know that style is a must when it comes to electronic texts, is not it? So here is a series of mega cool tips to make your e-mails become more interesting and beautiful to the readers!
A good e-mail must contain:
- Colored fonts. More colors (and sparkling), the better.
- Subject in bold and/or in italics. Underscores are recommended options.
- Words that reinforce how good is the message (e.g. "This is great!", "You HAVE to read this!", "Awesome LOL!!1!").
- Cute animated gifs.
- Attached texts, songs and photos in PPS / PPT files. Why write the text in the body of the email if we can attach it so beautifully and elegantly in a Power Point presentation, right?
- Requests that the message is forwarded, preferably with death threats to those who refuse to. Because it costs you NOTHING to pass it on!
- "Fwd: Fwd: FWD: fwd: Fwd:" in the title. This will previously call the reader's attention to the title and, therefore, to your e-mail.
- TITLE WITH CAPS LOCK ON, PEOPLE! VERY IMPORTANT!!
- Signature of any anti-virus at the end, ensuring the good health of the message.
- Standard text at the end: "This message is private and confidential and should only be read by the original recipients ...". This assures you that the email will not be read by unwanted people.
- All personal and professional data of the original sender (phone, address, e-mail (yes, this information is essential), name of wife / husband, ID number, date and place of birth, football team, etc..). So the reader can know that you are you, not a fraudulent sender.
That is pretty much it, my fellow citizens. We from the Pelos Flancos team hope you have enjoyed this post and that your emails are better appreciated by your friends, family and coworkers. A big kiss in your heart! Bye bye!
Pelos Flancos: Hi, I'm calling to check if you got the e-mail I've just sent.
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Redes sociais: o melhor termômetro para medir a imbecilidade dessa gente
Oi, me add no Face. Vou xingar muito no Twitter. Nossa, tá linda nessa foto amiga!
É, minha gente... Estamos atolados na merda. E aparentemente sem perspectivas de melhora. O advento das redes sociais trouxe à tona (e quiçá até amplificou) uma dura realidade: há uma legião de imbecis populando a superfície deste planeta. Uma imbecilidade astronômica. Triste, triste realidade, amigos.
Eu fico pasmo com o que vejo quando estou ligado no mundo virtual. As pessoas não sabem escrever, não sabem pensar, não sabem se comportar. Não entendem como a internet funciona e como ela pode mudar suas vidas para melhor. Simplesmente não vêem como as ferramentas que lhes são entregues, todas bem mastigadinhas, podem lhes ajudar a melhorar suas relações sociais e/ou aumentar sua auto-estima de uma forma benígna.
Falemos especificamente de Twitter e Facebook. O primeiro, o "microblog" (nossa, eu a.d.o.r.o. essa definição) que te desafia a postar uma mensagem de, no máximo, 140 caracteres. "Poxa, que difícil!", dizem os intelectualoides. Como me expressar com apenas 140 caracteres? Ah, sim... Como se não houvessem outros meios para se expressar na internet. Você acha que em 140 caracteres não cabem seus pensamentos másculos e interessantes? Então escreva um livro, cretino!
Mas o pior não são esses intelectualoides de merda que não conseguem colocar seus augustos pensamentos em apenas 140 caracteres. O pior são os que conseguem, com uma destreza medonha, expressar-se sob tal formato. Conseguem, mas não porque são "escritores" sucintos, e sim porque são retardados, completos imbecis. "dia oriveu", "ai q odio", "mestruei". Pois é, antes essas pessoas não tivessem acesso a tal tipo de ferramenta.
E o Facebook? Meu deus... Gente, o que é o Facebook? É uma ferramenta que permite conectar-se a outras pessoas, através de uma relação de "amizade", possibilitando interagir de várias formas: publicando em um mural, postando fotos, comentando publicações num mural, comentando fotos, gostando disso, daquilo, etc. É isso, uma forma de manifestar publicamente (dentro do espaço dos seus "amigos") suas ideias, seus feitos, suas opiniões. Lindo, né?
Mas não, os imbecis estão aí pra promover a babaquice generalizada. Exemplo: a garota escreve na sua timeline "ai, que raiva! hoje eu não estou podendo!" (aqui eu melhorei o Português para garantir o padrão pelosflancoense de qualidade ortográfica e gramatical). Aí o bacana, provavelmente a fim de um algo a mais com a paquita, comenta: "o que foi, linda?". Ao que a danadinha imediatamente responde: "nada! prefiro não falar sobre isso!". A "melhor amiga" insiste: "ô, minha flor... que foi?". Ao que a gansa rouca no cio responde: "GENTE, ME DEIXA EM PAZ, NÃO QUERO FALAR SOBRE ISSO.".
Ah, sim. Entendi. Ela postou publicamente uma mensagem enigmática e angustiante no seu mural, mas não quer falar sobre isso com ninguém. Sim, claro, lógico. Faz todo sentido. Até porque a coitada que só quer preservar a sua privacidade e deseja unicamente que ninguém se intrometa na sua vida pessoal e pare de importuná-la perguntando sobre seus problemas pessoais, tem nada menos do que 894 "amigos" no Facebook.
Voltemos brevemente ao mundo real, antes de concluir este excelente artigo. Responda mentalmente de forma sincera à seguinte pergunta: dentre todas as pessoas que você já conheceu em toda a sua vida, com quantas você seria capaz de ter uma conversa normal hoje, sobre assuntos quaisquer, durante não menos que 30 minutos? Não chega a 100, não é mesmo? Pois é. E a retardada, aquela garota do exemplo do parágrafo anterior, que não pensa sequer meia vez antes de aceitar uma solicitação de "amizade" no Facebook, vive reclamando do tanto de idiota que não a deixa em paz, que só vive perturbando sua pacata vida virtual na internet.
Espere aí que eu ainda não acabei. Porque eu não vou deixar impunes os militantes do Facebook. Pois é, tem um monte de gente transformando o mundo com a bunda sentada na cadeira. É a turma que leva a coisa a sério e não se cansa de propagar campanhas que visam mudar o nosso país e, por que não?, o mundo. Sim, eles já conseguiram muitas coisas: acabar com a pedofilia, com a corrupção, aumentar os salários dos professores, aumentar o número e o valor das bolsas de pós-graduação... Já salvaram libanesas de apedrejamento, já derrubaram ditadores, já salvaram milhares de cãezinhos de rua!
Minha paciência está cabendo num disquete. Atualmente, eu já fico feliz se vagabundo consegue pelo menos escrever sem trucidar a gramática e a ortografia.
Pelos Flancos: porque cara de pato é de doer a vista.
É, minha gente... Estamos atolados na merda. E aparentemente sem perspectivas de melhora. O advento das redes sociais trouxe à tona (e quiçá até amplificou) uma dura realidade: há uma legião de imbecis populando a superfície deste planeta. Uma imbecilidade astronômica. Triste, triste realidade, amigos.
Eu fico pasmo com o que vejo quando estou ligado no mundo virtual. As pessoas não sabem escrever, não sabem pensar, não sabem se comportar. Não entendem como a internet funciona e como ela pode mudar suas vidas para melhor. Simplesmente não vêem como as ferramentas que lhes são entregues, todas bem mastigadinhas, podem lhes ajudar a melhorar suas relações sociais e/ou aumentar sua auto-estima de uma forma benígna.
Falemos especificamente de Twitter e Facebook. O primeiro, o "microblog" (nossa, eu a.d.o.r.o. essa definição) que te desafia a postar uma mensagem de, no máximo, 140 caracteres. "Poxa, que difícil!", dizem os intelectualoides. Como me expressar com apenas 140 caracteres? Ah, sim... Como se não houvessem outros meios para se expressar na internet. Você acha que em 140 caracteres não cabem seus pensamentos másculos e interessantes? Então escreva um livro, cretino!
Mas o pior não são esses intelectualoides de merda que não conseguem colocar seus augustos pensamentos em apenas 140 caracteres. O pior são os que conseguem, com uma destreza medonha, expressar-se sob tal formato. Conseguem, mas não porque são "escritores" sucintos, e sim porque são retardados, completos imbecis. "dia oriveu", "ai q odio", "mestruei". Pois é, antes essas pessoas não tivessem acesso a tal tipo de ferramenta.
E o Facebook? Meu deus... Gente, o que é o Facebook? É uma ferramenta que permite conectar-se a outras pessoas, através de uma relação de "amizade", possibilitando interagir de várias formas: publicando em um mural, postando fotos, comentando publicações num mural, comentando fotos, gostando disso, daquilo, etc. É isso, uma forma de manifestar publicamente (dentro do espaço dos seus "amigos") suas ideias, seus feitos, suas opiniões. Lindo, né?
Mas não, os imbecis estão aí pra promover a babaquice generalizada. Exemplo: a garota escreve na sua timeline "ai, que raiva! hoje eu não estou podendo!" (aqui eu melhorei o Português para garantir o padrão pelosflancoense de qualidade ortográfica e gramatical). Aí o bacana, provavelmente a fim de um algo a mais com a paquita, comenta: "o que foi, linda?". Ao que a danadinha imediatamente responde: "nada! prefiro não falar sobre isso!". A "melhor amiga" insiste: "ô, minha flor... que foi?". Ao que a gansa rouca no cio responde: "GENTE, ME DEIXA EM PAZ, NÃO QUERO FALAR SOBRE ISSO.".
Ah, sim. Entendi. Ela postou publicamente uma mensagem enigmática e angustiante no seu mural, mas não quer falar sobre isso com ninguém. Sim, claro, lógico. Faz todo sentido. Até porque a coitada que só quer preservar a sua privacidade e deseja unicamente que ninguém se intrometa na sua vida pessoal e pare de importuná-la perguntando sobre seus problemas pessoais, tem nada menos do que 894 "amigos" no Facebook.
Voltemos brevemente ao mundo real, antes de concluir este excelente artigo. Responda mentalmente de forma sincera à seguinte pergunta: dentre todas as pessoas que você já conheceu em toda a sua vida, com quantas você seria capaz de ter uma conversa normal hoje, sobre assuntos quaisquer, durante não menos que 30 minutos? Não chega a 100, não é mesmo? Pois é. E a retardada, aquela garota do exemplo do parágrafo anterior, que não pensa sequer meia vez antes de aceitar uma solicitação de "amizade" no Facebook, vive reclamando do tanto de idiota que não a deixa em paz, que só vive perturbando sua pacata vida virtual na internet.
Espere aí que eu ainda não acabei. Porque eu não vou deixar impunes os militantes do Facebook. Pois é, tem um monte de gente transformando o mundo com a bunda sentada na cadeira. É a turma que leva a coisa a sério e não se cansa de propagar campanhas que visam mudar o nosso país e, por que não?, o mundo. Sim, eles já conseguiram muitas coisas: acabar com a pedofilia, com a corrupção, aumentar os salários dos professores, aumentar o número e o valor das bolsas de pós-graduação... Já salvaram libanesas de apedrejamento, já derrubaram ditadores, já salvaram milhares de cãezinhos de rua!
Minha paciência está cabendo num disquete. Atualmente, eu já fico feliz se vagabundo consegue pelo menos escrever sem trucidar a gramática e a ortografia.
Pelos Flancos: porque cara de pato é de doer a vista.
terça-feira, 12 de abril de 2011
Viva a rainha
Minha esposa foi convidada para o casamento de sua prima, colombiana, com seu então noivo, inglês. O casamento dar-se-ia em Londres, na 6a feira passada. Colombianos precisam de visto para visitar a Inglaterra e por isso iniciamos o trâmite para o visto da patroa (brasileiros não precisam de visto para turistar por lá). Veja a cronologia dos fatos:
Prejuízo pessoal:
Pois é. Estamos meio putos, entende? Mas o erro foi nosso de criar expectativas positivas de um país que mede distâncias em milhas, jardas, pés e polegadas, massa em libras e temperatura em fahrenheit.
Pelos Flancos: a gente não se mistura com essa gentalha.
- 21.03 (2a feira): ida a Munique para dar entrada na documentação. Envio da documentação de Munique para a Inglaterra.
- 07.04 (5a feira): data da viagem. O visto fica pronto. Na Inglaterra.
- 08.04 (6a feira): data do casamento. Ligação do escritório dizendo que o endereço da solicitante estava incompleto, se a solicitante poderia confirmar o número da casa. Mesmo tendo fornecido essa informação no formulário do pedido do visto, a solicitante confirma. O escritório diz que o passaporte chegará na 2a feira, entre 9h e 17h e que a solicitante deverá estar em casa para recebê-lo.
- 11.04 (2a feira): o dia inteiro em casa e o passaporte não chega. Aproximadamente às 20h, consulta ao site para ver o status do processo que diz "tentativa de entrega frustrada pois não havia ninguém em casa". Ligação para a empresa de entrega e descobre-se que o endereço fornecido pelo escritório estava errado.
- 12.04 (3a feira): o passaporte chega às 10h. O visto foi concedido.
- 255,96 pelas passagens aéreas (eles exigem que você compre as passagens aéreas ANTES de aplicar para o visto, mesmo sem garantias de que o visto será concedido)
- 88 pela taxa do visto
- 30 pela taxa de envio expresso da documentação para a Inglaterra
- 10 pelas fotos
- 50 pelo deslocamento de Stuttgart para Munique (é necessário ir lá para coletar as impressões digitais)
- 70 euros pelo envio de roupa social do Brasil (mais barato do que se eu tivesse comprado um terno aqui)
Prejuízo pessoal:
- Perder o casamento da prima (minha esposa era a única parente da noiva que mora na Europa)
- Perder um dia útil inteiro de trabalho para ir a Munique
- Perder um dia útil inteiro de trabalho esperando o passaporte chegar pelo correio, mas não chegou porque o Centro de Aplicação escreveu o endereço errado no envelope.
Pois é. Estamos meio putos, entende? Mas o erro foi nosso de criar expectativas positivas de um país que mede distâncias em milhas, jardas, pés e polegadas, massa em libras e temperatura em fahrenheit.
Pelos Flancos: a gente não se mistura com essa gentalha.
terça-feira, 5 de abril de 2011
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Teoria da unificação (dos títulos futebolísticos nacionais)
E agora essa: "A CBF decidiu reconhecer os títulos da Taça Brasil e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa como conquistas nacionais, os equiparando ao Campeonato Brasileiro". Sinceramente, não entendi. Como assim, "reconhecer"? Esse títulos já não eram reconhecidos? Com essa decisão, fica parecendo que não. E isso distorce a história do futebol nacional.
Entre 1959 e 1970, os campeonatos em nível nacional eram a Taça Brasil, Torneio Roberto Gomes Pedrosa (vulgo Robertão) e Taça de Prata, não ocorrendo necessariamente de forma simultânea. A partir de 1971, o campeonato nacional evolui a partir dessas competições e surgiu o Campeonato Brasileiro.
Os times que venceram a Taça Brasil, são os campeões nacionais do ano. O mesmo valendo para o Robertão (porra, num tinha um nome PIOR pra dar pro campeonato não?). Assim, o Bahia é o campeão nacional de 1959, o Palmeiras de 1960, o Santos (de Pelé) entre 1961 e 1965, e assim por diante. Essa conquistas têm relevância e são reconhecidas por todos que se interessam por futebol como sendo as conquistas nacionais mais importantes da época.
Destarte, não só vejo total ausência de necessidade de "unificar" os títulos, como entendo a decisão como um grande erro. Não há necessidade de se reconhecer o que já era reconhecido. E o termo "equiparação" também é inútil neste caso pois está claro que a importância do título, colocando em contexto, já é a máxima possível.
Será que a questão é o nome do título? "Campeonato Brasileiro" é um nome mais bonito/importante/bacana que "Taça Brasil"? Bom, mais simpático que "Robertão", com certeza, mas a questão não é essa. Afinal de contas, o Cruzeiro não passará a ser bi-campeão do Campeonato Brasileiro. Ele continuará sendo campeão da Taça Brasil (1966) e campeão do Campeonato Brasileiro (2003), ou seja, bi-campeão nacional (estou deliberadamente excluindo a Copa do Brasil da análise, ok?). Nada muda!
E o pior são os torcedores, muitos deles com um alto grau de esclarecimento, COMEMORANDO o "reconhecimento" desses títulos como se só agora eles tivessem ganhado valor! Patético!
Sinceramente, não entendi essa jogada política da CBF. Talvez tenha algum interesse obscuro por trás (mas qual seria???). Ou talvez só mais uma arbitrariedade ridícula dessa confederação que mais parece um circo dando show de palhaçadas sem graça.
Pelos Flancos: aqui a palhaçadinha é zero.
Entre 1959 e 1970, os campeonatos em nível nacional eram a Taça Brasil, Torneio Roberto Gomes Pedrosa (vulgo Robertão) e Taça de Prata, não ocorrendo necessariamente de forma simultânea. A partir de 1971, o campeonato nacional evolui a partir dessas competições e surgiu o Campeonato Brasileiro.
Os times que venceram a Taça Brasil, são os campeões nacionais do ano. O mesmo valendo para o Robertão (porra, num tinha um nome PIOR pra dar pro campeonato não?). Assim, o Bahia é o campeão nacional de 1959, o Palmeiras de 1960, o Santos (de Pelé) entre 1961 e 1965, e assim por diante. Essa conquistas têm relevância e são reconhecidas por todos que se interessam por futebol como sendo as conquistas nacionais mais importantes da época.
Destarte, não só vejo total ausência de necessidade de "unificar" os títulos, como entendo a decisão como um grande erro. Não há necessidade de se reconhecer o que já era reconhecido. E o termo "equiparação" também é inútil neste caso pois está claro que a importância do título, colocando em contexto, já é a máxima possível.
Será que a questão é o nome do título? "Campeonato Brasileiro" é um nome mais bonito/importante/bacana que "Taça Brasil"? Bom, mais simpático que "Robertão", com certeza, mas a questão não é essa. Afinal de contas, o Cruzeiro não passará a ser bi-campeão do Campeonato Brasileiro. Ele continuará sendo campeão da Taça Brasil (1966) e campeão do Campeonato Brasileiro (2003), ou seja, bi-campeão nacional (estou deliberadamente excluindo a Copa do Brasil da análise, ok?). Nada muda!
E o pior são os torcedores, muitos deles com um alto grau de esclarecimento, COMEMORANDO o "reconhecimento" desses títulos como se só agora eles tivessem ganhado valor! Patético!
Sinceramente, não entendi essa jogada política da CBF. Talvez tenha algum interesse obscuro por trás (mas qual seria???). Ou talvez só mais uma arbitrariedade ridícula dessa confederação que mais parece um circo dando show de palhaçadas sem graça.
Pelos Flancos: aqui a palhaçadinha é zero.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
domingo, 7 de novembro de 2010
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
O despertar da consciência
A teoria da evolução das espécies afirma que o homem é o resultado de um complexo processo de mutação e seleção natural. Seres muito simples sofreram transformações um tanto aleatórias com o passar do tempo e aquelas novas espécies cujas mudanças as colocaram em melhores condições de adaptação, sobreviveram. Dessa forma, organismos mais complexos foram progressivamente sendo formados e o resultado é o que se vê hoje: uma infinidade de espécies distribuídas entre os diversos reinos dos seres vivos.
Dentre todas as espécies, obviamente a que mais atrai a nossa atenção é a nossa própria: o Homem. E talvez o aspecto mais notável de toda a complexidade do organismo humano seja algo que transcende a própria biologia: a consciência. Esta fascinante manifestação existencial é essencialmente a origem de todos os questionamentos inerentes à nossa própria existência: quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? Ou seja, é a partir de um reconhecimento de si mesmo como ser pensante que surgem todas as questões existenciais, aquelas extensivamente discutidas por inúmeros filósofos e pensadores do passado e do presente.
“Consciência” chega a ser um termo de difícil definição. O conceito envolve correlações entre, por exemplo, memória, ações, reações e previsões. A própria noção de tempo e espaço depende de um referencial que, meio sem querer, sempre colocamos sobre o “eu”. “Consciência é o conjunto dos atos relacionados ao pensamento”, dirão os mais afobados. Mas uma definição assim tão simplista não é nem um pouco definitiva ou satisfatória.
A consciência é algo um tanto peculiar, inerente ao “eu”. Você (acha que) entende a sua consciência pois é capaz de lembrar fatos da sua história, fazer previsões acerca do porvir, tomar decisões e ter sentimentos (estes, claro, manifestações biológicas porém intrinsecamente relacionados com a sua consciência). Não obstante é virtualmente impossível detectar e analisar o outro! Ou seja, uma pessoa (ou melhor, sua consciência) jamais saberá exatamente o que sente/pensa/vê uma outra pessoa (uma outra consciência). Dessa forma, as relações humanas se resumem essencialmente ao processamento do conjunto das reações dos demais indivíduos à volta. A vivência em sociedade, característica marcante da raça humana, somente é possível com base na suposição tácita de que todos os indivíduos ao seu redor possuem um “estado de consciência” similar ao seu.
Com isso eu quero dizer que assumimos tacitamente que o seu vizinho tem o mesmo entendimento que você tem em relação a sensações como frio, calor, dor, alegria, vermelho (i.e. a sensação de ver algo de cor vermelha). “Mas isso é óbvio!“, dirão os mais exaltados, ao que respondo com veemência: isso não é nem um pouco óbvio!
Mas pelo menos até os dias de hoje tudo indica que essa suposição é correta, mesmo sendo impossível a obtenção de uma prova irrefutável de tal ideia (um tanto quanto axiomática). E assim vamos vivendo nossas vidas, tentando entender conscientemente o Universo à nossa volta. E pior, tentando encontrar a solução para um complicadíssimo paradoxo: poderá a consciência entender a si mesma de forma plena?
Pelos Flancos: que viagem mucho loca!
Dentre todas as espécies, obviamente a que mais atrai a nossa atenção é a nossa própria: o Homem. E talvez o aspecto mais notável de toda a complexidade do organismo humano seja algo que transcende a própria biologia: a consciência. Esta fascinante manifestação existencial é essencialmente a origem de todos os questionamentos inerentes à nossa própria existência: quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? Ou seja, é a partir de um reconhecimento de si mesmo como ser pensante que surgem todas as questões existenciais, aquelas extensivamente discutidas por inúmeros filósofos e pensadores do passado e do presente.
“Consciência” chega a ser um termo de difícil definição. O conceito envolve correlações entre, por exemplo, memória, ações, reações e previsões. A própria noção de tempo e espaço depende de um referencial que, meio sem querer, sempre colocamos sobre o “eu”. “Consciência é o conjunto dos atos relacionados ao pensamento”, dirão os mais afobados. Mas uma definição assim tão simplista não é nem um pouco definitiva ou satisfatória.
A consciência é algo um tanto peculiar, inerente ao “eu”. Você (acha que) entende a sua consciência pois é capaz de lembrar fatos da sua história, fazer previsões acerca do porvir, tomar decisões e ter sentimentos (estes, claro, manifestações biológicas porém intrinsecamente relacionados com a sua consciência). Não obstante é virtualmente impossível detectar e analisar o outro! Ou seja, uma pessoa (ou melhor, sua consciência) jamais saberá exatamente o que sente/pensa/vê uma outra pessoa (uma outra consciência). Dessa forma, as relações humanas se resumem essencialmente ao processamento do conjunto das reações dos demais indivíduos à volta. A vivência em sociedade, característica marcante da raça humana, somente é possível com base na suposição tácita de que todos os indivíduos ao seu redor possuem um “estado de consciência” similar ao seu.
Com isso eu quero dizer que assumimos tacitamente que o seu vizinho tem o mesmo entendimento que você tem em relação a sensações como frio, calor, dor, alegria, vermelho (i.e. a sensação de ver algo de cor vermelha). “Mas isso é óbvio!“, dirão os mais exaltados, ao que respondo com veemência: isso não é nem um pouco óbvio!
Mas pelo menos até os dias de hoje tudo indica que essa suposição é correta, mesmo sendo impossível a obtenção de uma prova irrefutável de tal ideia (um tanto quanto axiomática). E assim vamos vivendo nossas vidas, tentando entender conscientemente o Universo à nossa volta. E pior, tentando encontrar a solução para um complicadíssimo paradoxo: poderá a consciência entender a si mesma de forma plena?
Pelos Flancos: que viagem mucho loca!
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Ééééééééé.......ééééééé do Brasil!!!
Muito orgulho de ser brasileiro! Porque ser brasileiro é ser o campeão de futebol continental, mundial, universal. Não importa a categoria.
Viva, viva!!! Nossos sem-teto são os MELHORES DO MUNDO! Chupem essa manga, seus gringos fdp!!!
Confira essa ótima notícia no seguinte link: Brasil vence Copa do Mundo dos sem-teto entre homens e mulheres
Pelos Flancos: foda-se tudo, nós somos campeões mais uma vez!!!
Viva, viva!!! Nossos sem-teto são os MELHORES DO MUNDO! Chupem essa manga, seus gringos fdp!!!
Confira essa ótima notícia no seguinte link: Brasil vence Copa do Mundo dos sem-teto entre homens e mulheres
Pelos Flancos: foda-se tudo, nós somos campeões mais uma vez!!!
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
sábado, 11 de setembro de 2010
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
domingo, 5 de setembro de 2010
sábado, 4 de setembro de 2010
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
domingo, 29 de agosto de 2010
Azevedo & Plínio
Já não bastava ser filósofo, físico, ginecologista amador, meia-atacante e rockstar, Aristides agora vai pagar de cartunista também. Pode isso, Arnaldo?
O Plínio é um cara de boa. Assim, meio hippie, meio de esquerda. Um idealista e defensor da cultura "paz e amor". Ele usa brinco.
O Azevedo é muito mal-humorado. Curto e grosso, tem sempre uma resposta ácida na ponta da língua. O cara é agudo.
O Plínio é um cara de boa. Assim, meio hippie, meio de esquerda. Um idealista e defensor da cultura "paz e amor". Ele usa brinco.
O Azevedo é muito mal-humorado. Curto e grosso, tem sempre uma resposta ácida na ponta da língua. O cara é agudo.
Eleição presidencial 2010
Por que eu não votaria na Dilma? Por isso:
Por que eu não votaria no Serra? Por isso:
Por que eu não votaria na Marina? Porque ela é evangélica. Só por isso.
Pelos Flancos: o problema é de vocês!
Por que eu não votaria no Serra? Por isso:
Por que eu não votaria na Marina? Porque ela é evangélica. Só por isso.
Pelos Flancos: o problema é de vocês!
domingo, 8 de agosto de 2010
Uai, Galo! Qué pasa?
Melhor CT do Brasil. Salários pagos em dia. Presidente idôneo e apaixonado pelo clube. Excelentes contratações, resultando no melhor plantel dos últimos 8,9 anos. Torcida (ainda) fanática e apaixonada (apesar de o Galo não ter mando de campo este ano). Comissão técnica de primeira (pelo menos teoricamente).
Defesa mais vazada do Brasileirão. Um dos piores ataques. Penúltima colocação na tabela (talvez última, ao final da rodada). Absoluta desorganização tática em campo.
Essa equação simplesmente não fecha.
Só posso supor que esse time não vem treinando direito. Postura tática igual a zero nos últimos jogos (que consegui assistir).
Uai, Galo! Qué pasa?
Pelos Flancos: um time que sempre joga bonito.
Defesa mais vazada do Brasileirão. Um dos piores ataques. Penúltima colocação na tabela (talvez última, ao final da rodada). Absoluta desorganização tática em campo.
Essa equação simplesmente não fecha.
Só posso supor que esse time não vem treinando direito. Postura tática igual a zero nos últimos jogos (que consegui assistir).
Uai, Galo! Qué pasa?
Pelos Flancos: um time que sempre joga bonito.
sábado, 7 de agosto de 2010
Não vale a pena ler este post, eu juro
Eu odeio ter que cortar meu cabelo. Me deixa puto ter que pagar por um serviço que certamente não me deixará satisfeito.
-Como você quer seu corte?
-Não quero corte, só quero diminuir o tamanho do cabelo, que tá comprido.
-Mas você quer mais assim, ou assado?
-Não. Só quero menos cabelo no final, sem desenho, sem corte específico.
-Tá, entendi. Pode deixar.
Entendeu o caralho! Porque no final, o sujeito vai fazer um corte, contrariando expressamente o que eu pedi.
Dado esse preâmbulo...
Estou eu aqui na Alemanha. Não falo, leio ou entendo Alemão (ainda). Um analfabeto completo nessa língua em que as palavras são cheias de letras. E eis que meu cabelo está inconvenientemente grande.
Vou eu ao cabelereiro.
-Hallo. Do you speak English?
-Nein.
Merda. Fudeu. Se nem em Português eu consigo fazer o filhodaputa entender o que eu quero, vai ser em Alemão, né...
Uso a linguagem dos gestos indicando minha intenção de cortar o cabelo. And hope for the best.
Tesoura, clack, tesoura cleck... E no final................ Voilà! Não é que eu fiquei satisfeito com o resultado? Ou seja, eu precisei vir à Alemanha e não conseguir falar com o cabelereiro para ficar satisfeito com o resultado!
Benzadeus, esse mundão é mesmo uma bolota...
-Como você quer seu corte?
-Não quero corte, só quero diminuir o tamanho do cabelo, que tá comprido.
-Mas você quer mais assim, ou assado?
-Não. Só quero menos cabelo no final, sem desenho, sem corte específico.
-Tá, entendi. Pode deixar.
Entendeu o caralho! Porque no final, o sujeito vai fazer um corte, contrariando expressamente o que eu pedi.
Dado esse preâmbulo...
Estou eu aqui na Alemanha. Não falo, leio ou entendo Alemão (ainda). Um analfabeto completo nessa língua em que as palavras são cheias de letras. E eis que meu cabelo está inconvenientemente grande.
Vou eu ao cabelereiro.
-Hallo. Do you speak English?
-Nein.
Merda. Fudeu. Se nem em Português eu consigo fazer o filhodaputa entender o que eu quero, vai ser em Alemão, né...
Uso a linguagem dos gestos indicando minha intenção de cortar o cabelo. And hope for the best.
Tesoura, clack, tesoura cleck... E no final................ Voilà! Não é que eu fiquei satisfeito com o resultado? Ou seja, eu precisei vir à Alemanha e não conseguir falar com o cabelereiro para ficar satisfeito com o resultado!
Benzadeus, esse mundão é mesmo uma bolota...
Pelos Flancos: caguei 3kg para este post escroto.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Lei da palmada
Eu juro que achei que era brincadeira, piada. Mas não, a coisa é séria mesmo.
Se você ainda não sabe, a história é a seguinte. O presidente Lula e a Deputada Federal Maria do Rosário (PT) encaminharam um projeto de lei que emenda o Estatuto da Criança e do Adolescente e prevê, basicamente, a garantia do "direito da criança e do adolescente a não serem submetidos a qualquer forma de punição corporal, mediante a adoção de castigos moderados ou imoderados, sob a alegação de quaisquer propósitos, ainda que pedagógicos". Ou seja, os pais que derem a mais leve palmadinha em seus filhos estarão cometendo um crime perante o Estado.
Ora, o primeiro problema grave que surgirá se essa proposta absurda for aprovada será o da qualificação do crime. Como é que se prova que uma mãe deu um tapinha na bunda da criança, se isso não deixa marca nem nada? E mais: quem vai denunciar, a vizinha voyer? Ou vão criar uma divisão policial especializada? Câmeras escondidas espalhadas em todos os lares brasileiros? De um jeito ou de outro, já começo a imaginar o que vai dar de criança birrenta prestando queixa na delegacia.
Porém, a questão é fundamentalmente mais equivocada. O Estado tem um papel fundamental na educação das crianças e jovens e esse consiste, essencialmente, em fornecer a este setor da população um ensino de qualidade nas escolas públicas. Nem precisava dizer o quanto o Estado deixa a desejar nesse aspecto.
Por outro lado, não é obrigação do Estado intervir na educação familiar. Pelo contrário, o Estado não pode entrar nos lares e dizer aos pais qual é a melhor forma de se educar seus filhos. E é exatamente isso que esse projeto de lei estabelece: o governo passaria a controlar a forma como você educa seus filhos, dentro da sua casa.
Os proponentes argumentam que o melhor para educar os filhos é o diálogo e a imposição de respeito através da palavra. Ora, quem decide a melhor maneira de se educar os filhos são os pais! Não que se possa permitir espancamentos ou violências a crianças e adolescentes o que, diga-se de passagem, já é crime, pode ser provado quando ocorre e pode resultar em prisão dos pais agressores e perda de guarda dos filhos. O diálogo é muito importante na educação dos filhos, óbvio. Mas a palmada também o é. Ela confirma o exercício da autoridade e é, dependendo da situação, imprescindível como método educativo.
Pode ser que tenha faltado chicote na infância dessa gente que fica pensando umas bobagens desse tamanho. Propondo uma lei como essa, fica parecendo que o governo brasileiro não tem nenhum problema mais grave pra resolver. Ou será que a ideia por trás dessa proposta de lei é preparar as crianças para viver no país da impunidade?
Brasil: retrocesso e contradição é o nosso forte.
Pelos Flancos: só um tapinha não dói.
Se você ainda não sabe, a história é a seguinte. O presidente Lula e a Deputada Federal Maria do Rosário (PT) encaminharam um projeto de lei que emenda o Estatuto da Criança e do Adolescente e prevê, basicamente, a garantia do "direito da criança e do adolescente a não serem submetidos a qualquer forma de punição corporal, mediante a adoção de castigos moderados ou imoderados, sob a alegação de quaisquer propósitos, ainda que pedagógicos". Ou seja, os pais que derem a mais leve palmadinha em seus filhos estarão cometendo um crime perante o Estado.
Ora, o primeiro problema grave que surgirá se essa proposta absurda for aprovada será o da qualificação do crime. Como é que se prova que uma mãe deu um tapinha na bunda da criança, se isso não deixa marca nem nada? E mais: quem vai denunciar, a vizinha voyer? Ou vão criar uma divisão policial especializada? Câmeras escondidas espalhadas em todos os lares brasileiros? De um jeito ou de outro, já começo a imaginar o que vai dar de criança birrenta prestando queixa na delegacia.
Porém, a questão é fundamentalmente mais equivocada. O Estado tem um papel fundamental na educação das crianças e jovens e esse consiste, essencialmente, em fornecer a este setor da população um ensino de qualidade nas escolas públicas. Nem precisava dizer o quanto o Estado deixa a desejar nesse aspecto.
Por outro lado, não é obrigação do Estado intervir na educação familiar. Pelo contrário, o Estado não pode entrar nos lares e dizer aos pais qual é a melhor forma de se educar seus filhos. E é exatamente isso que esse projeto de lei estabelece: o governo passaria a controlar a forma como você educa seus filhos, dentro da sua casa.
Os proponentes argumentam que o melhor para educar os filhos é o diálogo e a imposição de respeito através da palavra. Ora, quem decide a melhor maneira de se educar os filhos são os pais! Não que se possa permitir espancamentos ou violências a crianças e adolescentes o que, diga-se de passagem, já é crime, pode ser provado quando ocorre e pode resultar em prisão dos pais agressores e perda de guarda dos filhos. O diálogo é muito importante na educação dos filhos, óbvio. Mas a palmada também o é. Ela confirma o exercício da autoridade e é, dependendo da situação, imprescindível como método educativo.
Pode ser que tenha faltado chicote na infância dessa gente que fica pensando umas bobagens desse tamanho. Propondo uma lei como essa, fica parecendo que o governo brasileiro não tem nenhum problema mais grave pra resolver. Ou será que a ideia por trás dessa proposta de lei é preparar as crianças para viver no país da impunidade?
Brasil: retrocesso e contradição é o nosso forte.
Pelos Flancos: só um tapinha não dói.
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Mais um chiliquinho, né senhor Dunga?
Making a long story short: a CBF prometeu à Rede Globo que alguns jogadores dariam entrevistas exclusivas à emissora. Aí o Dunga vetou essas entrevistas exclusivas e alguns reporteres da Globo ficaram putinhos e resmungaram ao telefone durante a entrevista coletiva do treinador. Dunga percebeu o mal-estar dos jornalistas globais e o seguinte diálogo sucedeu:
Dunga: -Algum problema?
Alex Escobar: -Não, Dunga. Eu não estou nem olhando pra você.
Dunga: -Ah, bom. Pensei que tivesse algum problema.
E a partir daí o treinador ficou, durante toda a coletiva, sussurando xingamentos ao repórter: "cagão" e "merda", por exemplo.
Essa é a história, esses são os fatos. Estão espalhados aí na internê. Agora, minha opinião.
Primeiro devo comentar a gigantesca babaquice dessa emissora de querer tanta exclusividade. Essa petulância, sob anuência da CBF (leia-se Ricardo Teixeira), compromete o jornalismo como fonte de informação isenta. Porque tudo tem seu preço e, certamente, o de se conseguir entrevistas exclusivas deve ser a promoção de uma boa imagem da Confederação e de sua seleção. Um nojo isso.
Segundo, o comportamento do Dunga: pra mim, um perfeito babaca. Independentemente de qualquer coisa, não se faz (ou se fala) o que ele fez (falou) ali. Esse chilique só confirma a teoria de que o Dunga quer ser campeão unica e exclusivamente para provar a seus inimigos que eles estavam errados e ele, Dunga, estava certo. Não tem nada a ver com o fato de querer ver o Brasil campeão e aumentar ainda mais a supremacia verde e amarela no esporte bretão. O Dunga precisa de inimiguinhos, é o que o compele.
Reforço que estou criticando o Dunga como pessoa pública, não como técnico. Apesar da convocação extremamente equivocada (minha opinião), ele tem sido extremamente vitorioso no comando da seleção e isso é de se reconhecer. Agora, a pessoa pública é nota zero. Ora, para ser o técnico da seleção brasileira tem que saber conviver com críticas. Sempre foi assim e sempre será. Não sabe brincar, não desce pro play.
A vontade que dá é de torcer contra a seleção. Mas isso seria justamente entrar no joguinho infantil do babaca e alimentar a sua fome por inimiguinhos. Not gonna happen. Vou continuar torcendo pela seleção, apesar do Dunga.
*********************************************************
Hoje Dunga pediu desculpas publicamente pelo ocorrido na última coletiva. Meno male, mas continua sendo um grande babaca. Um Don Quixote lutando moinhos.
Está rolando uma campanha de boicote à Globo durante o jogo da seleção amanhã. Eu acho que esse boicote DEMOROU. Já tínhamos que boicotar a Globo há MUITO tempo. É simplesmente insuportável assistir a jogos da seleção nessa emissora. Engraçado é esse movimento surgir só agora, a partir de um fricote do babaca do Dunga. Brasileiro é muito idiota mesmo. Como bem disse alguém: "A faixa-otária da população brasileira é gigante."
Pelos Flancos: Música para seus ouvidos.
Dunga: -Algum problema?
Alex Escobar: -Não, Dunga. Eu não estou nem olhando pra você.
Dunga: -Ah, bom. Pensei que tivesse algum problema.
E a partir daí o treinador ficou, durante toda a coletiva, sussurando xingamentos ao repórter: "cagão" e "merda", por exemplo.
Essa é a história, esses são os fatos. Estão espalhados aí na internê. Agora, minha opinião.
Primeiro devo comentar a gigantesca babaquice dessa emissora de querer tanta exclusividade. Essa petulância, sob anuência da CBF (leia-se Ricardo Teixeira), compromete o jornalismo como fonte de informação isenta. Porque tudo tem seu preço e, certamente, o de se conseguir entrevistas exclusivas deve ser a promoção de uma boa imagem da Confederação e de sua seleção. Um nojo isso.
Segundo, o comportamento do Dunga: pra mim, um perfeito babaca. Independentemente de qualquer coisa, não se faz (ou se fala) o que ele fez (falou) ali. Esse chilique só confirma a teoria de que o Dunga quer ser campeão unica e exclusivamente para provar a seus inimigos que eles estavam errados e ele, Dunga, estava certo. Não tem nada a ver com o fato de querer ver o Brasil campeão e aumentar ainda mais a supremacia verde e amarela no esporte bretão. O Dunga precisa de inimiguinhos, é o que o compele.
Reforço que estou criticando o Dunga como pessoa pública, não como técnico. Apesar da convocação extremamente equivocada (minha opinião), ele tem sido extremamente vitorioso no comando da seleção e isso é de se reconhecer. Agora, a pessoa pública é nota zero. Ora, para ser o técnico da seleção brasileira tem que saber conviver com críticas. Sempre foi assim e sempre será. Não sabe brincar, não desce pro play.
A vontade que dá é de torcer contra a seleção. Mas isso seria justamente entrar no joguinho infantil do babaca e alimentar a sua fome por inimiguinhos. Not gonna happen. Vou continuar torcendo pela seleção, apesar do Dunga.
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Hoje Dunga pediu desculpas publicamente pelo ocorrido na última coletiva. Meno male, mas continua sendo um grande babaca. Um Don Quixote lutando moinhos.
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Pelos Flancos: Música para seus ouvidos.
sábado, 12 de junho de 2010
Novo style
Esse blogger tá numa viadagem danada. Mas a gente respeita.
Pelos Flancos: gente de respaldo bancando a gente, foi mal.
Pelos Flancos: gente de respaldo bancando a gente, foi mal.
CALA BOCA GALVÃO
Ponto MUITO a favor de ver a Copa fora do Brasil é não ter que me submeter aos boçais* narradores e comentaristas da nossa TV Tupi. Vergonha alheia demais.
Apesar de eu entender 0.0005% do que os alemães falam na TV, já deu para perceber claramente que os narradores aqui se restringem a dizer o nome do jogador que está com a bola e, às vezes, fazer um comentário sobre um lance mais animado (suponho ser coisas do tipo "meu Deus, essa foi quase!"). E não era assim que deveria ser? Afinal de contas, se o jogo está passando na TV, você já está vendo o que está acontecendo! Não precisamos escutar coisas do tipo "tentou o passe mas não conseguiu porque estava muito bem marcado por três jogadores adversários posicionados na entrada da grande área formando um linha", pelo simples fato de que estamos vendo o que está acontecendo no gramado!
Mas não... Os nossos idolatrados boçais da TV Tupi querem ainda opinar/comentar sobre o além-imagem. Querem adivinhar o que pensam/querem os jogadores e, muitas vezes, querem também contrariar o que está claro e evidente na imagem. Frases como "errou o juiz" muitas vezes são acompanhadas por repetições das imagens do lance que demonstram exatamente o contrário do que foi dito pelas bestas. Os idiotas definitivamente se acham divindades oniscientes do esporte. Vergonha alheia demais.
* no plural porque, justiça seja feita, o Galvão é só o precursor dessa lástima, vide por exemplo o caso do célebre Cléber Machado.
Pelos Flancos: o Galvão calado é um poeta.
_____________________________________________________________________________
Off-topic
Tem um "CALA BOCA GALVÃO" nos Trending Topics do Twitter. Resposta para os gringos que perguntarem do que se trata:
(Thanx goes to Leogevanílson)
Apesar de eu entender 0.0005% do que os alemães falam na TV, já deu para perceber claramente que os narradores aqui se restringem a dizer o nome do jogador que está com a bola e, às vezes, fazer um comentário sobre um lance mais animado (suponho ser coisas do tipo "meu Deus, essa foi quase!"). E não era assim que deveria ser? Afinal de contas, se o jogo está passando na TV, você já está vendo o que está acontecendo! Não precisamos escutar coisas do tipo "tentou o passe mas não conseguiu porque estava muito bem marcado por três jogadores adversários posicionados na entrada da grande área formando um linha", pelo simples fato de que estamos vendo o que está acontecendo no gramado!
Mas não... Os nossos idolatrados boçais da TV Tupi querem ainda opinar/comentar sobre o além-imagem. Querem adivinhar o que pensam/querem os jogadores e, muitas vezes, querem também contrariar o que está claro e evidente na imagem. Frases como "errou o juiz" muitas vezes são acompanhadas por repetições das imagens do lance que demonstram exatamente o contrário do que foi dito pelas bestas. Os idiotas definitivamente se acham divindades oniscientes do esporte. Vergonha alheia demais.
* no plural porque, justiça seja feita, o Galvão é só o precursor dessa lástima, vide por exemplo o caso do célebre Cléber Machado.
Pelos Flancos: o Galvão calado é um poeta.
_____________________________________________________________________________
Off-topic
Tem um "CALA BOCA GALVÃO" nos Trending Topics do Twitter. Resposta para os gringos que perguntarem do que se trata:
(Thanx goes to Leogevanílson)
sábado, 5 de junho de 2010
Físico: um profissional preparado para resolver problemas
Não são raras as vezes em que, ao responder à pergunta “qual é a sua profissão?”, escuto comentários do tipo “você é louco!”, ou o clássico “você deve ser muito inteligente!”. Ora, escolher a Física como profissão não é sinal de inteligência, muito menos de loucura. Loucura seria escolher uma atividade laboral que não te desse o mínimo de prazer em seu exercício. E “inteligência” não se mede pelo conhecimento em matemática ou em qualquer Ciência Exata, mas sim pela relevância dos resultados que você obtém em seu trabalho, seja ele qual for.
Inteligência e loucura à parte, escolher a profissão de cientista ainda requer uma certa dose de coragem. Pelo menos no Brasil, um país que, apesar do notável (e recente) crescimento no panorama econômico mundial, ainda investe pouco em Ciência e Tecnologia, em comparação com diversos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Além disso, ainda existe uma certa idéia engessada na cultura brasileira de que a academia é uma escolha profissional ruim, com péssimas perspectivas financeiras. Mas isso, na verdade, é uma grande falácia, oriunda de uma geração acostumada a respeitar somente um seleto e celebrado conjunto de profissões, tais como Engenharias, Direito e Medicina. E,infelizmente, alguns jovens que optam por carreiras científicas, ainda têm que lidar com a dificuldade de “convencer” seus familiares de sua opção profissional.
Mas, uma vez vencida a barreira da “coragem”, um horizonte profissional muito interessante se abre diante de você. Um horizonte bastante diverso daquele que se vê no “mercado padrão”, aquele das empresas, indústrias, escritórios e hospitais. Você se vê diante de uma gama enorme, quase infinita, de conhecimento. E, tão importante quanto a perspectiva do aprendizado, o surgimento de novos desafios: problemas não resolvidos, perguntas não respondidas e questões em aberto. Esse é o desafio do cientista: fornecer respostas para as muitas perguntas existentes e, muito mais do que isso, propor novas perguntas relevantes para a comunidade científica. A cada resposta fornecida, muitas novas perguntas surgem. Ainda bem.
Dentro desse contexto da pesquisa científica, posso falar com certa propriedade do papel do Físico. É claro que ainda tenho muito chão para percorrer, mas já posso compartilhar a experiência que adquiri nesses meus pouco mais de 10 anos de profissão.
A Física é uma ciência muito interessante, não só por sua proposta primordial de tentar entender racionalmente como funciona o universo em torno de nós, mas também por sua notável interdisciplinaridade: o físico interage com profissionais (cientistas ou não) de diversas áreas, tais como químicos, biólogos, cientistas sociais, filósofos, economistas, engenheiros e, pasmem!, administradores de empresas. Isso demonstra que a Física é muito mais que as Leis de Newton, a Mecênica Quântica ou a famigerada equação de Einstein para a energia de repouso de um corpo, E=mc2.
O segredo dessa forte interatividade está no fato de que o físico é um profissional treinado para resolver problemas. Não somente problemas como o consagrado plano inclinado da Mecânica Clássica, ou os ciclos da Termodinâmica, ou o átomo de Hidrogênio. Mas problemas em geral. O físico está preparado para encarar uma situação, i.e. um problema, de forma pragmática: qual é a situação atual? Aonde se quer chegar? Quais são as ferramentas à minha disposição? Qual a forma ótima de chegar ao objetivo proposto?
É claro que, apesar da aparente simplicidade da proposição da “equação”, um conhecimento técnico específico da área em que se localiza o problema é necessário para o cumprimento da tarefa (Quais são as ferramentas à minha disposição?). Não estou dizendo que um físico pode chegar, do nada, a uma empresa e começar a ditar algoritmos para o melhor estratagema corporativo. Longe dessa petulância! Não obstante, com algum aprendizado das ferramentas disponíveis no mercado de atuação de tal empresa, o físico é capaz de desenvolver habilidades para elaborar estratégias com destreza diferenciada. E isso tem sido reconhecido no últimos tempos, haja visto que há físicos ocupando importantes posições em diversas empresas de inúmeros ramos profissionais, desde a metalurgia até o mercado financeiro.
Cai, portanto, o mito do físico nerd que domina nada mais que equações, gráficos e conceitos abstratos. O físico é um profissional treinado para resolver problemas.
Pelos Flancos: intelegente toda vida.
Inteligência e loucura à parte, escolher a profissão de cientista ainda requer uma certa dose de coragem. Pelo menos no Brasil, um país que, apesar do notável (e recente) crescimento no panorama econômico mundial, ainda investe pouco em Ciência e Tecnologia, em comparação com diversos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Além disso, ainda existe uma certa idéia engessada na cultura brasileira de que a academia é uma escolha profissional ruim, com péssimas perspectivas financeiras. Mas isso, na verdade, é uma grande falácia, oriunda de uma geração acostumada a respeitar somente um seleto e celebrado conjunto de profissões, tais como Engenharias, Direito e Medicina. E,infelizmente, alguns jovens que optam por carreiras científicas, ainda têm que lidar com a dificuldade de “convencer” seus familiares de sua opção profissional.
Mas, uma vez vencida a barreira da “coragem”, um horizonte profissional muito interessante se abre diante de você. Um horizonte bastante diverso daquele que se vê no “mercado padrão”, aquele das empresas, indústrias, escritórios e hospitais. Você se vê diante de uma gama enorme, quase infinita, de conhecimento. E, tão importante quanto a perspectiva do aprendizado, o surgimento de novos desafios: problemas não resolvidos, perguntas não respondidas e questões em aberto. Esse é o desafio do cientista: fornecer respostas para as muitas perguntas existentes e, muito mais do que isso, propor novas perguntas relevantes para a comunidade científica. A cada resposta fornecida, muitas novas perguntas surgem. Ainda bem.
Dentro desse contexto da pesquisa científica, posso falar com certa propriedade do papel do Físico. É claro que ainda tenho muito chão para percorrer, mas já posso compartilhar a experiência que adquiri nesses meus pouco mais de 10 anos de profissão.
A Física é uma ciência muito interessante, não só por sua proposta primordial de tentar entender racionalmente como funciona o universo em torno de nós, mas também por sua notável interdisciplinaridade: o físico interage com profissionais (cientistas ou não) de diversas áreas, tais como químicos, biólogos, cientistas sociais, filósofos, economistas, engenheiros e, pasmem!, administradores de empresas. Isso demonstra que a Física é muito mais que as Leis de Newton, a Mecênica Quântica ou a famigerada equação de Einstein para a energia de repouso de um corpo, E=mc2.
O segredo dessa forte interatividade está no fato de que o físico é um profissional treinado para resolver problemas. Não somente problemas como o consagrado plano inclinado da Mecânica Clássica, ou os ciclos da Termodinâmica, ou o átomo de Hidrogênio. Mas problemas em geral. O físico está preparado para encarar uma situação, i.e. um problema, de forma pragmática: qual é a situação atual? Aonde se quer chegar? Quais são as ferramentas à minha disposição? Qual a forma ótima de chegar ao objetivo proposto?
É claro que, apesar da aparente simplicidade da proposição da “equação”, um conhecimento técnico específico da área em que se localiza o problema é necessário para o cumprimento da tarefa (Quais são as ferramentas à minha disposição?). Não estou dizendo que um físico pode chegar, do nada, a uma empresa e começar a ditar algoritmos para o melhor estratagema corporativo. Longe dessa petulância! Não obstante, com algum aprendizado das ferramentas disponíveis no mercado de atuação de tal empresa, o físico é capaz de desenvolver habilidades para elaborar estratégias com destreza diferenciada. E isso tem sido reconhecido no últimos tempos, haja visto que há físicos ocupando importantes posições em diversas empresas de inúmeros ramos profissionais, desde a metalurgia até o mercado financeiro.
Cai, portanto, o mito do físico nerd que domina nada mais que equações, gráficos e conceitos abstratos. O físico é um profissional treinado para resolver problemas.
Pelos Flancos: intelegente toda vida.
And...
... we're back!!!
Morreram de saudades? SIIIIIIM!!!
Desistiram do Pelos Flancos? NÃÃÃÃÃO!!!
Pelos Flancos: de volta com tudo, inclusive com a isca certa para reconquistar nossos mais ávidos e vorazes leitores.
Morreram de saudades? SIIIIIIM!!!
Desistiram do Pelos Flancos? NÃÃÃÃÃO!!!
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